Nossa história

A Copel – Companhia Paranaense de Energia, maior empresa do Estado, foi criada em 26 de outubro de 1954, com controle acionário do Estado do Paraná, abriu seu capital ao mercado de ações em abril de 1994 (BM&FBovespa) e tornou-se em julho de 1997 a primeira do setor elétrico brasileiro listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Sua marca também está presente, desde junho de 2002, na Comunidade Econômica Européia, com seu ingresso na Latibex – o braço latinoamericano da Bolsa de Valores de Madri. A partir do dia 7 de maio de 2008, as ações da Copel passaram a integrar oficialmente o Nível 1 de Governança Corporativa da Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros – BM&FBovespa.

Hoje as usinas, linhas de transmissão e de distribuição da Copel irradiam luz e oferecem conforto e paz social para todo Estado do Paraná e Estados vizinhos. Este cenário de progresso vem sendo conquistado ao longo de seis décadas, com base no potencial hidráulico, no domínio tecnológico e, principalmente, no espírito empreendedor e na capacidade criativa dos seus quadros técnicos e profissionais.

Em detalhes

A fundação da Copel representou os primeiros passos rumo à eletrificação do Paraná. Os primeiros copelianos viveram uma época em que a eletricidade era um problema. O objetivo era transformá-la em solução. 

A história da energia elétrica no Paraná e de suas sucessivas etapas, até atingir o estágio atual, são contemporâneas de seu uso no país. Essa história tem pouco mais de um século, porque as primeiras usinas elétricas do Brasil surgiram no ano de 1883, em Campos (RJ), Juiz de Fora e Diamantina (MG).

No Paraná, o primeiro esforço para a eletrificação ocorreu em 9 de setembro de 1890, quando o presidente da Intendência Municipal de Curitiba, Dr. Vicente Machado, assinou contrato com a Companhia de Água e Luz do Estado de São Paulo, para iluminar a cidade com “uma força iluminativa de quatro mil velas”. Baseada nesse contrato e com uma concessão de 20 anos, a Companhia instalou a primeira usina elétrica do Paraná num terreno próximo à antiga estação ferroviária, localizada atrás do então Congresso Estadual (atual Câmara Municipal de Curitiba).

A usina começou a funcionar oficialmente em 12 de outubro de 1892 (muito embora já estivesse produzindo um mês antes), sob a direção do engenheiro Leopoldo Starck, seu construtor. Duas unidades a vapor fabricadas em Budapeste produziam 4.270 HP de força, consumindo 200 metros cúbicos de lenha por dia. Em 18 de maio de 1898, a empresa José Hauer & Filhos adquire a concessão do contrato e da usina, cogitando aumentar a sua capacidade pois Curitiba já tinha uma população estimada em 40 mil habitantes.

Foi em 1901 que se instalou a primeira usina termelétrica propriamente dita, num terreno situado na Avenida Capanema perto da garagem ferroviária, também na Capital, onde hoje está a Estação Rodoferroviária. Esta usina operava dois conjuntos geradores de 200 HP cada um, tendo sido ampliada três anos mais tarde com a incorporação de outro gerador de igual potência. Enquanto isso, o contrato de concessão para a exploração e fornecimento de energia elétrica era sucessivamente transferido. Em 1904 passou para a Empresa de Eletricidade de Curitiba (Hauer Junior & Companhia), e em 1910 para a The Brazilian Railways Limited.

Somente depois de decorridos dez anos do advento da eletricidade em Curitiba é que uma segunda cidade no Estado (Paranaguá) passou a contar com tal benefício: em 1902 a família Blitzkow colocava em operação um sistema de geração com dois grupos a vapor de 65 kVA. Dois anos mais tarde foi a vez de Ponta Grossa ter eletricidade. União da Vitória foi a cidade seguinte, graças a um acordo firmado entre a prefeitura local e o comerciante Grollmann. Em 15 de junho de 1916, o acervo local é adquirido pela Empresa de Eletricidade Alexandre Schlemm, inclusive o locomóvel de 100 HP movido a lenha.

A estas localidades pioneiras seguiram-se Campo Largo, Prudentópolis, Castro, Guarapuava, Piraí do Sul e Campo do Tenente, todas em 1911. Ainda pela ordem cronológica, sucederam-se Palmeira, Irati, Ipiranga, São Mateus do Sul, Jaguariaíva, Sengés, Tibagi, Araucária, Cambará, Rio Azul, Andirá, Itambaracá, Santo Antônio da Platina, Antonina, Guarapuava, Rio Negro, Lapa e Siqueira Campos – estas últimas já no final da década de 20.

Algumas indústrias também começaram a instalar geradores, para consumo próprio. As Indústrias Reunidas F. Matarazzo, em 1921, para movimentar um moinho de trigo junto ao porto de Antonina e, em 1925, para fazer funcionar um frigorífico e uma indústria têxtil em Jaguariaíva. A Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná instalou uma pequena usina em Cianorte para atendimento restrito, e as Indústrias Brasileiras de Papéis, em Arapoti, passou a contar com eletricidade em 1926.

Outra data bastante importante para a história da energia elétrica no Paraná é 18 de julho de 1928, quando foi assinado o contrato de concessão de distribuição de energia elétrica em Curitiba entre o Governo do Estado e o Grupo de Empresas Elétricas Brasileiras, que em seguida transferiu o compromisso à Companhia Força e Luz do Paraná, constituída naquela ocasião. A região da capital contava então com 2.590 quilowatts de capacidade geradora e 7.543 unidades consumidoras.

As primeiras usinas geradoras de eletricidade instaladas no Paraná eram movidas a vapor. Foi em 1910 que se inaugurou a primeira hidrelétrica do Estado, a Usina de Serra da Prata, perto de Paranaguá, com potência de 400 kVA e que forneceu eletricidade à cidade até o início da década de 70 quando foi desativada.

Um ano depois era colocada em funcionamento no município de Ponta Grossa a Hidrelétrica de Pitangui, com potência de 760 kW, que permanece em operação e vem a ser a mais antiga usina do parque gerador próprio da Copel. Outras centrais desse tipo continuaram a ser instaladas, mas foi somente em 1930 que se inaugurou uma usina considerada grande para os padrões da época, a de Chaminé, com 9 megawatts, implantada na Serra do Mar nas proximidades de Curitiba. A usina passou mais tarde por ampliações e permanece em operação até hoje, com potência instalada de 16 megawatts.

Os empreendimentos energéticos da época já tinham o respaldo do Código de Águas (instituído pelo Decreto-Lei número 24.463 de 10 de julho de 1934) e do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (Lei número 1.285 de 1939), que permitiam ao Poder Público o início da coordenação sobre o setor – até então vulnerável e quase integralmente dependente da iniciativa privada.

Assim, com o apoio do Plano Nacional de Eletrificação (que preconizava a intervenção direta do Estado na área da produção de energia), foi criado o Serviço de Energia Elétrica do Paraná, que no ano seguinte transformou-se no Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

Por volta de 1948, a potência instalada em usinas no Paraná totalizava 43.195 kW. Fora da região de Curitiba (atendida pela Companhia Força e Luz do Paraná), o Sul do Estado (regiões da Lapa, Rio Negro e Campo do Tenente) recebia energia da Empresa Sul Brasileira de Eletricidade e da Empresa de Eletricidade Alexandre Schlemm (esta, atendendo União da Vitória e Porto União). As cidades de Ponta Grossa, Castro e Piraí do Sul eram abastecidas pela Companhia Prada de Eletricidade. A Companhia Hidro Elétrica do Paranapanema atendia a 20 municípios do Norte Pioneiro. As cidades de Londrina, Arapongas, Cambé, Ibiporã, Rolândia e Jataizinho era abastecidas pela Empresa Elétrica de Londrina S.A.

A carência de energia elétrica não podia ser resolvida por essas empresas particulares de eletricidade – as mais importantes, com sede em São Paulo – já que seu âmbito de ação era estritamente local, não reunindo as vantagens das interligações. O primeiro Plano Hidrelétrico do Estado data de 1948, com previsão dos sistemas elétricos do Sul (apoiado nas usinas de Capivari-Cachoeira e Salto Grande do Iguaçu), do Norte (abastecido pelas usinas de Salto Grande e Capivara, no rio Paranapanema, e Mourão), e do Oeste (contando com centros geradores isolados).

Posteriormente, em 1952, o referido plano transformou-se em outro a ser cumprido em duas etapas: a primeira, de curto prazo, levaria à conclusão de Pequenas Hidrelétricas (Cavernoso, Caiacanga e Laranjinha), enquanto a segunda, dependente de financiamentos, previa a construção de Capivari-Cachoeira (105 MW), Tibagi (36 MW), Carvalhópolis (27 MW) e a Termelétrica de Figueira (20 MW).

Antes ainda da existência da Copel, os serviços elétricos a cargo do Governo Estadual estavam confiados ao DAEE, instituído em outubro de 1948. Sua criação assinalou o início de grande movimentação na área, pois foi praticamente contemporânea à elaboração do primeiro Plano Hidrelétrico do Estado: ao mesmo tempo em que dava início às obras de sua primeira etapa, o DAEE passou a instalar motores e conjuntos a diesel com capacidade entre 70 e 154 kVA em muitas localidades, em caráter de emergência, para atender o crescimento que todo o interior já experimentava.

Como as obras maiores eram de construção mais demorada e exigiam muito capital, a solução possível foi esta. E nesse sentido a ação do DAEE teve o mérito do esforço pioneiro, garantindo o fornecimento de eletricidade a várias dezenas de cidades – além de proporcionar assistência a prefeituras que mantinham serviços próprios de eletricidade.

Em 1953, uma Lei Estadual criou a taxa de eletrificação, proporcionando novos recursos financeiros para a execução do Plano. No ano seguinte foi criada a Copel, que deveria assumir gradativamente a responsabilidade pelos serviços até então a cargo do DAEE, prefeituras e concessionárias particulares. O Departamento ainda continuou a atuar no setor por algum tempo, tendo construído as Usinas de Ocoí (em Foz do Iguaçu), Cavernoso (em Laranjeiras do Sul) e Melissa (em Cascavel).

As Usinas Chopim I e Mourão I foram iniciadas pelo Departamento, e depois concluídas pela Copel, criada em 1954. Transferindo à nova empresa suas instalações e sistemas de atendimento, o DAEE pôde se dedicar à administração dos recursos hídricos, realizando importantes estudos de base para o Estado.

Em 26 de outubro, o decreto 14.947 cria a Companhia Paranaense de Energia Elétrica – Copel, assinado pelo governador Bento Munhoz da Rocha Netto. Em 1979 ela perderia o “Elétrica” do nome. 

Centraliza a execução do Plano de Eletrificação do Paraná.

Em 1º de agosto assume o fornecimento de energia em Maringá, então com 15 mil habitantes e 1.700 ligações. 

Com a UFPR, cria o Centro de Estudos e Pesquisas de Hidráulica e Hidrologia, CEHPAR, embrião para os atuais Institutos Lactec. 

ANOS 60 – Ascensão

Em 28 de maio entra em operação Chopim I, no Sudoeste – primeira hidrelétrica construída pela Copel.

Inaugura a Termelétrica de Figueira (20 MW), no Norte Pioneiro, que interliga as regiões Norte e Central do Paraná.

A Região Sul do Estado ganha a Hidrelétrica de Salto Grande do Iguaçu (15,6 MW).

Torna-se a maior empresa do Paraná.

Alcança 1.000 clientes industriais.

ANOS 70 – Diversificação​

A Usina Julio de Mesquita Filho (Foz do Chopim), com 44 MW, supre a necessidade das regiões Sudoeste e Oeste.

Inaugura a Usina Governador Parigot de Souza (260 MW) – inicialmente Capivari-Cachoeira – maior usina do sul do Brasil até então.

Em parceria com a UFPR, cria o Laboratório Central de Eletrotécnica e Eletrônica (LACEE), atual LAC. 

Inaugura o Centro de Operação do Sistema (COS), na Rua Padre Agostinho, em Curitiba. Foi o primeiro sistema de supervisão e controle digital do país.  

ANOS 80 – A era das grandes usinas

A Usina Hidrelétrica de Foz do Areia, atual Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (1.676 MW), começa a operar com as maiores unidades geradoras existentes no Brasil. geração da Copel cresce 52%.

Copel tem 1 milhão de consumidores.

A “Grande Enchente” inunda 13 usinas da Copel e deixa União da Vitória praticamente submersa por 45 dias.

Sistemas de distribuição da Copel assumem atual configuração, cobrindo 395 dos 399 municípios do Paraná.

ANOS 90 – Pioneirismos ​

Inaugura de Segredo, atual Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga (1.260 MW), que apresenta o primeiro Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para uma hidrelétrica.

Abre o capital na Bolsa de Valores de São Paulo.

Lança a CopelNet, primeira intranet do setor elétrico. 

Lança ações na NYSE, a Bolsa de Nova York.

Primeira empresa de energia autorizada a atuar no setor de telecomunicações.

Inaugura o Parque Eólico de Palmas, primeiro do gênero no Sul do Brasil.

Entra em operação a Usina Salto Caxias, depois Governador José Richa (1.240 MW).

ANOS 2000 – Grande e responsável

Entra em funcionamento a primeira célula a combustível do Hemisfério Sul, que supre o Centro de Processamento de Dados da Copel, em Curitiba 

Governo Estado do Paraná anuncia o cancelamento do processo de privatização da Copel, iniciado em 1998 

Completa a automação pioneira de todas as suas subestações de transmissão 

Lança fatura em braile e inicia o LIS, sistema de Leitura e Impressão Simultânea das faturas. 

ANOS 2010 - Expansão

Adquire o Complexo Eólico São Bento do Norte (94 MW), no Rio Grande do Norte. 

Lança o Talento Olímpico do Paraná (TOP), maior programa de fomento do Brasil.

Paraná torna-se o primeiro estado digital, ao levar rede de fibra óptica da Copel a todos os municípios.

Inaugura a Usina Mauá (361 MW).

Alcança 4 milhões de consumidores e universaliza o atendimento elétrico no Paraná.

Início de operação da PCH Cavernoso II (19 MW)

Em junho, as cheias no Rio Iguaçu superam o previsto para 10 mil anos, e o reservatório vazio da UHE Foz do Areia evita uma grande tragédia ao reter boa parte da vazão.

Inicia em Curitiba o Paraná Smart Grid, piloto das redes inteligentes de energia em uma área com 10 mil habitantes entre os bairros Bigorrilho e o Mossunguê.

Início de operação dos Complexos Eólicos Brisa Potiguar (183,60 MW), São Bento Energia (94 MW)  e conclusão da construção de Voltalia (108 MW).

Com empreendimentos em 10 estados do Brasil, inaugura suas primeiras linhas de transmissão fora do Paraná.

Escolhida pela ONU para coordenar o primeiro centro regional do Programa Cidades do Pacto Global.

Inaugura a primeira Eletrovia da América Latina e, em Ipiranga, a primeira cidade com rede elétrica 100% automatizada.  

Lançamento do Paraná Trifásico, programa que em seis anos vai revolucionar a qualidade de fornecimento de energia nas áreas rurais do Estado. Ao todo, serão investidos R$ 2,1 bilhões para modernizar 25 mil quilômetros de rede de distribuição.  

Conclusão da construção do Complexo Eólico Cutia (RN – 180,6 MW); Entra em operação a UHEs Colíder (300,00 MW – o suficiente para atender ao consumo de uma cidade com 850 mil habitantes); Inicio de operação da UHE Baixo Iguaçu (350,20 MW) e do Complexo Eólico Bento Miguel (132,30 MW).

Início de operação do Complexo Eólico Vilas (186,70 MW); Inicia operação comercial da Mata de Santa Genebra Transmissora.

Entra em operação a PCH Bela Vista com capacidade instalada de 29,8 MW; Copel conclui a construção do Lote E – totalizando 200 km em linhas e 800 MVA em subestações.

Copel coloca em operação o Complexo Eólico Jandaíra (90,10 MW) e a Usina Solar Paraná (2,30 MW);  A Copel inaugura as novas instalações do Centro de Operação de Geração e Transmissão (COGT).

Copel conclui aquisição dos complexos eólicos Aventura (105 MW) e Santa Rosa & Mundo Novo (155,40 MW)