Usina Parigot de Souza

A Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza possui a potência de 260 MW, e está situada no município de Antonina. Seu reservatório está localizado na Rodovia BR-116 (trecho Curitiba – São Paulo), no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de Curitiba.

A Usina Parigot de Souza entrou em operação em outubro de 1970, tendo sido inaugurada oficialmente em 26 de Janeiro de 1971, quando entrou em operação comercial. Ela é a maior central subterrânea do sul do país.

Inicialmente conhecida como Capivari-Cachoeira, a usina recebeu novo nome em homenagem ao Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, que liderou o Paraná entre 1971 e 1973, e foi, também, presidente da Copel.

O pioneirismo foi a grande marca desse projeto, em diversos sentidos. Nele, trabalhou a primeira engenheira do Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques, abrindo caminho para as profissionais que a seguiram.

Para a construção da Usina Gov. Parigot de Souza foram represadas as águas do rio Capivari, localizado no primeiro planalto, a 830 metros acima do nível do mar. Este represamento foi possível pela construção de uma barragem de terra de 58 m de altura e 370 m de comprimento. Da barragem, as águas são desviadas para o rio Cachoeira, no litoral, obtendo-se um desnível de 754 metros, sendo as águas conduzidas por um túnel de 15,4 km que atravessa a Serra do Mar.

Durante sua construção, com o aproveitamento dos rios Capivari e Cachoeira, o Paraná projetou-se no panorama da engenharia brasileira, conquistando dois recordes: maior avanço médio mensal em escavação subterrânea em obras do gênero e maior volume de concretagem mensal no interior de túneis.

No sopé da montanha, três grandes cavernas foram escavadas, compondo a central subterrânea: sala de válvulas, sala de máquinas e sala dos transformadores. Na sala de máquinas, quatro geradores de 62.500 kW de potência cada garantem ao Paraná uma produção anual de 900 milhões de kWh.

No decorrer do ano de 1999, mais precisamente entre os meses de março e novembro, foram repotenciadas as quatro unidades geradoras da Usina Parigot de Souza. O processo envolveu várias mudanças nos equipamentos:

  • substituição dos polos dos geradores
  • excitatrizes estáticas
  • radiadores dos geradores
  • trocadores de calor dos transformadores
  • elevadores de 70 MVA

Instalação do sistema de supervisão de oscilação e vibração do eixo gerador-turbina e manutenções preventivas e corretivas como: troca de bicos injetores, recuperação dos estatores e outras. Com a modernização dos equipamentos houve um ganho de 2 MW por gerador, aumentando a capacidade da usina de 252 MW para os 260 MW atuais.

A Copel desenvolve uma série de ações de proteção ambiental na região da Usina, entre elas:

Inspeção ambiental do reservatório

Equipes percorrem a margem do reservatório, verificando a situação do lago e das Áreas de Preservação Permanente (APPs) , registrando eventuais situação de não-conformidade com a lei. Essas ocorrências são registradas por meio do programa de Geoprocessamento COLLECTOR for ArcGIS, que é instalado em smartphones ou tablets permitindo coletar e atualizar informações no campo e compor um mapa com os pontos de intervenção. Essas informações compõem um Sistema de Informações Geográficas Socioambiental “SSA Ocorrências”, que classifica as ocorrências de acordo com o grau de severidade e permite um acompanhamento até a completa solução de cada caso.

Este programa consiste em mapear a real situação das Áreas de Preservação Permanente (APPs) do empreendimento e, com base nessas informações, realizar o gerenciamento das áreas. Os dados cartográficos levantados pela Copel servem para apontar quais as necessidades de cada usina: cercamentos de áreas, adoção de técnicas de recuperação como plantio, nucleação ou condução da regeneração natural ou simplesmente monitoramento, este último visando especialmente identificar a biodiversidade da flora existente nas APPs e o grau de recuperação de cada área.

A Copel realiza periodicamente o monitoramento da qualidade da água dos seus reservatórios, em atendimento às seguintes normativas:

Resolução ANA/Aneel 03/2010 (que estabelece as condições e os procedimentos a serem observados pelos concessionários e autorizados de geração de energia hidrelétrica para a instalação, operação e manutenção de estações hidrométricas visando ao monitoramento pluviométrico, limnimétrico, fluviométrico, sedimentométrico e de qualidade da água associado a aproveitamentos hidrelétricos, e da outras providências );

Resolução Conama 357/2005 (dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências); e

Resolução Conama 430/2011 (dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357/2005).

Os efluentes gerados nos processos de produção da Usina são monitorados periodicamente em atendimento à Resolução Conama 357/2005 (que dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências); e da Resolução Conama 430/2011 (que trata sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357/2005).

A Copel realiza o gerenciamento de resíduos em conformidade com a Lei Federal 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos e Lei Estadual 12.493/99 (que dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos no Estado do Paraná), bem como demais legislações e normativas pertinentes, assim como atende às condicionantes previstas nas Licenças de Operação da Usina.

As instalações seguem as definições da Resolução Conama 275/2001, que estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores.

A Usina conta com um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), um instrumento da Política Nacional de Resíduo Sólidos que visa a realização de diversas ações desde a geração do resíduo até a sua destinação final. Esse plano é construído baseado no meio ambiente e no que é melhor para mantê-lo de forma sustentável e prevê ações desde a geração, acondicionamento, meio de transporte, transbordo, tratamento, reciclagem e outras fases, chegando até a disposição final dos resíduos.

Os resíduos administrativos recicláveis são destinados às associações de catadores de materiais recicláveis, por meio da Coleta Seletiva Solidária, conforme Decreto Estadual 8426/2017, que dispõe sobre a obrigatoriedade da separação seletiva dos resíduos sólidos administrativos recicláveis pelos órgãos e entidades do Poder Executivo.

Os resíduos industriais, em sua maioria gerados nas atividades de manutenção, são acondicionados em recipientes apropriados de acordo com a classificação do resíduo, se perigoso ou não. A grande maioria dos resíduos industriais gerados é encaminhada para reutilização e reciclagem pelo processo de alienação (venda), conforme estabelecido pela agência reguladora (Aneel).

Os resíduos não alienados são destinados de formas variadas, sempre respeitando a legislação ambiental.

O Monitoramento de Ictiofauna (peixes) é um programa de longa duração realizado nos reservatórios e rios relacionados aos empreendimentos de geração de energia sob concessão da Copel. Coletando dados desde 2003, o Programa apresenta uma base solida para análise das condições da fauna de peixes em quatro bacias hidrográficas presentes em território do Estado do Paraná. Os relatórios deste Programa de Monitoramento são anualmente protocolados junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), abastecendo o órgão ambiental com importantes informações para conservação dos recursos naturais, além de cumprir com condicionantes ambientais de diversos empreendimentos.

O objetivo geral deste Programa é o monitoramento continuo da ictiofauna dos corpos d’água relacionados aos empreendimentos da Copel, gerando informação cientifica e orientações para ações de manejo, incluindo:

  • Informações sobre a ecologia e biologia das comunidades de peixes;
  • Identificação de variações nessas comunidades ao longo do ano;
  • Identificação de mudanças de longo prazo nas comunidades em estudo;
  • Verificação da necessidade de medidas de manejo, como o repovoamento com espécies nativas, por exemplo;
  • Verificação da influência de empreendimentos de piscicultura sobre a ictiofauna em reservatórios que venham a comportá-los;
  • Verificação da influência de repovoamentos por terceiros (prefeituras e entidades diversas) na ictiofauna;
  • Produção de relatórios anuais de monitoramento.

Cronograma de Implantação do Plano de Ação de Emergência, em atendimento à Lei de Segurança de Barragens:

Programação: de 3/8/24 a 3/9/24

Municípios: Bocaiuva do Sul e Campina Grande do Sul

Atividades previstas:

  • Levantamento cadastral da ZAS – Zona de autossalvamento, região mais próxima da usina, logo abaixo da barragem. (Copel, Defesas Civis Municipais e Geometrisa Serviços de Engenharia).
  • Implantação do projeto de sinalização (Copel, Defesas Civis Municipais e Geometrisa Serviços de Engenharia).
  • Treinamentos e simulados (Copel, Geometrisa Serviços de Engenharia e convidados: Defesa Civil Estadual, Defesa Civil Regional e Defesas Civis Municipais). 
    • Simulado de Mesa 
    • Simulado de Evacuação Interno na usina
    • Simulado de Evacuação Externo com a comunidade (ZAS).

*A Copel contratou a empresa Geometrisa Serviços de Engenharia Ltda para realizar as atividades em campo.