1. Programas socioambientais

    Piscicultura - Repovoamento de peixes

    No campo da ictiologia, a Copel implementou em Salto Caxias uma ação que livrou da extinção a maior espécie de peixe do Rio Iguaçu: o surubim do Iguaçu. Tradicionalmente encontrado em abundância no rio, o surubim foi praticamente extinto por conta da sobrepesca. Pouquíssimos exemplares foram encontrados pelos pesquisadores quando da realização dos estudos de impacto ambiental que antecederam a instalação da usina. Relatos da população local, porém, davam conta de que o grande peixe do Iguaçu - que em habitat natural alcança entre 15 e 20 quilos - podia ser facilmente visto até a década de 50. Nesta época, o surubim do Iguaçu sequer possuía denominação de espécie, o que veio a acontecer apenas recentemente.

    Em vista disso, a Copel começou a realizar ações de repovoamento de peixes no local - a exemplo do que acontece em outras usinas. Desde 2005, essas ações são realizadas duas vezes por ano em Salto Caxias. Além do surubim, outras espécies nativas do Iguaçu, como bagres e lambaris, são reproduzidas na Estação Experimental de Ictiologia da Usina de Segredo e levadas para os 22 reservatórios geridos pela Copel.

    A Copel mantém um programa de Monitoramento de Ictiofauna (peixes) nos reservatórios e rios das usinas que opera. Coletando dados desde 2003, o Programa apresenta uma base solida para análise das condições da fauna de peixes em quatro bacias hidrográficas presentes em território do Estado do Paraná. Os relatórios deste Programa de Monitoramento são anualmente protocolados junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), abastecendo o órgão ambiental com importantes informações para conservação dos recursos naturais, além de cumprir com condicionantes ambientais de diversos empreendimentos.

    Esse trabalho gera informação cientifica e orientações para ações de manejo, incluindo:

    • Informações sobre a ecologia e biologia das comunidades de peixes;
    • Identificação de variações nessas comunidades ao longo do ano;
    • Identificação de mudanças de longo prazo nas comunidades em estudo;
    • Verificação da necessidade de medidas de manejo, como o repovoamento com espécies nativas, por exemplo;
    • Verificação da influência de empreendimentos de piscicultura sobre a ictiofauna em reservatórios que venham a comportá-los;
    • Verificação da influência de repovoamentos por terceiros (prefeituras e entidades diversas) na ictiofauna;
    • Produção de relatórios anuais de monitoramento.


  2. peixe surubim