Planejamento

Copel revisa seu Planejamento Estratégico para 2013

Mudanças no cenário do setor elétrico influenciaram nas alterações dos rumos da Copel para 2013

Orientada pelas mudanças no cenário econômico nacional e internacional e nos ajustes impostos ao setor elétrico, em especial pela Medida Provisória 579/2012 que trata das renovações das concessões, a Copel revisou o seu Planejamento Estratégico para 2013. O planejamento visa levar a Copel a alcançar sua visão de "Ser simplesmente a melhor da década" nos seus principais negócios: geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.

Assim como quando foi feito o Planejamento Estratégico, a revisão foi realizada com base na montagem de possíveis cenários de todos os negócios da Companhia. "Levamos em consideração toda a conjuntura do setor elétrico. Montamos uma matriz swot (sistema usado para posicionar ou verificar a posição estratégica de uma empresa em determinado cenário levando em consideração as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do negócio), analisamos o posicionamento estratégico diante dos cenários, revisamos os mapas estratégicos e realinhamos os indicadores e metas", explicou a superintendente da Coordenação de Assuntos Regulatórios Corporativos e Planejamento Empresarial (CRP), Denise Sabbag.

Além de avaliar os cenários externos que podem afetar o negócio, a revisão do Planejamento Estratégico também foi uma oportunidade para verificar se as metas propostas para o período foram alcançadas, refletir sobre as dificuldades encontradas e sobre os novos rumos que devem ser tomados. "Se não fizer isso ficamos presos em um mundo que não existe mais", afirmou Denise. A superintendente da CRP ressaltou que para que este trabalho seja eficiente é muito importante a participação dos gestores das diversas áreas dos negócios principais da Copel.

MP 579 gerou ajustes no Planejamento

Embora a revisão tenha sido concluída em agosto, antes da edição da Medida Provisória 579, as prováveis mudanças que ela traria já foram incluídas na revisão pela diretoria de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações, em conjunto com representantes das demais diretorias. "Dessa forma, no negócio geração o cenário mais provável foi o 'desenvolvimento com risco', considerando a crescente demanda por geração de energia, tendo como contrapeso o intervencionismo regulatório. O posicionamento estratégico foi o de crescimento", afirmou o gerente da Coordenação de Gestão da DGT, Márcio Roberto Marques.

No negócio transmissão a situação era semelhante à da geração. Havia apenas uma noção das prováveis mudanças. Segundo Marques, o cenário mais provável foi denominado pelo grupo de "blackout", considerando, dentre outras, a queda de rentabilidade nos investimentos e risco de perda das concessões, principalmente em função de descontos na Receita Anual Permitida (RAP). Entretanto, explicou, apesar da previsão deste cenário para o setor, o posicionamento estratégico manteve-se pelo crescimento.

Por fim, no negócio telecomunicações o cenário provável foi denominado "desafiador" em função das características do setor, como a necessidade de rapidez na tomada de decisões, a velocidade com que os produtos de alta tecnologia ficam obsoletos e seus serviços agregados, com demanda crescente por novos produtos e serviços de alto valor agregado. "O posicionamento estratégico foi o de desenvolvimento, o que resultou na revisão dos objetivos estratégicos, indicadores e metas", finalizou Marques.

Sustentabilidade para agregar valor

Durante a revisão do Planejamento Estratégico a Diretoria de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial (DMC) o foco de atuação da diretoria foi todo direcionado para agregar valor aos negócios principais da Copel. "Na DMC foi feito um realinhamento estratégico visando maximizar os resultados e fazer frente aos desafios da diretoria definidos para 2013, que são agregar valor aos negócios com a incorporação das questões de sustentabilidade, minimizar os riscos socioambientais nos negócios, otimizar os custos e aumentar a produtividade na expansão e operação dos negócios", comentou a gerente da Coordenação de Gestão de Meio Ambiente e Cidadania Empresarial, Marilene Bescrovaine.