Telecomunicações

Serviço de qualidade e inclusão digital

Longa trajetória da Copel Telecom coloca Paraná a frente na inserção de todos na sociedade da informação

A Copel Telecom completou 42 anos em março com muito a comemorar. Em 2012, concluiu a implantação da sua rede de fibra óptica em todos os 399 municípios paranaenses. Este ano, deve ampliar o programa BEL Fibra para mais quatro cidades paranaenses além de Curitiba e Irati e em 2014 deve chegar a 25 municípios. As conquistas são recentes, mas a jornada para tornar o Paraná 100% digital é o resultado de um trabalho que começou lá no início da década 90. E mais do que levar fibra óptica (que garante conexão com banda extra larga) a todos os cantos do Estado, a Copel Telecom transformou o Paraná em exemplo para o Brasil, que iniciou seu Plano Nacional de Banda Larga há apenas três anos.

A implantação dos primeiros cabos de fibra óptica no Paraná começou em 1995, quando a Copel iniciou a substituição sua rede de transmissão de voz e dados, que na época funcionava por um sistema de micro-ondas. "No início dos anos 90 vimos que a rede usada há mais de 20 anos precisava ser substituída e, para isso, precisávamos de um sistema de alta confiabilidade, robusto e com grande durabilidade. Foi quando começamos os estudos sobre a fibra óptica, que era um sistema emergente na época. A Copel sempre se pautou pela busca da inovação", contou o superintendente da Copel Telecom, Antonio Carlos Wulf Pereira de Melo.

Inicialmente a rede de fibra óptica era para uso apenas da Companhia. No entanto, em 1997 a Copel iniciou um planejamento comercial, prevendo a expansão da tecnologia para 60 cidades paranaenses. Isso aconteceu porque a qualidade do sistema estava assegurada e a empresa já tinha experiência, capacitação técnica e abrangência geográfica. Além disto, em 1997 foi promulgada a Lei Geral das Telecomunicações, que abriu o mercado. Portanto, este foi o ano que a Copel Telecom iniciou a implantação do backbone (rede principal) e apresentou um projeto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para explorar os serviços no Paraná.

"A Copel foi a primeiro empresa do setor de energia do Brasil a obter licença da Anatel para prestar serviços de telecomunicações", contou Melo. Em 1999 foi oficialmente inaugurado o sistema óptico da Copel e a empresa ligou seu primeiro cliente. Durante todos estes anos, a tecnologia de fibra óptica evoluiu bastante e atualmente a Copel usa o sistema de transmissão DWDM, que garante 40 canais dedicados em cada fibra com capacidade de 10 gigabits cada. Hoje a Copel conta com 9.211 quilômetros de backbone (contando os 399 municípios paranaenses e Porto União e Mafra, em Santa Catarina) e 20.262 quilômetros de linhas de acesso (aquelas que ligam o backbone às cidades garantindo capilaridade ao sistema).

Inclusão

Mais do que garantir uma forma eficiente de comunicação, expandir o acesso a conexões de dados em banda larga gera crescimento econômico, em especial em nações pobres ou em desenvolvimento, atestou o Banco Mundial. De acordo com o levantamento Information and Communications for Development (Informação e Comunicação para o Desenvolvimento, em português), realizado pela instituição, cada 10% de aumento na penetração da banda larga em países pobres ou em desenvolvimento equivale a 1,3% de evolução do Produto Interno Bruto (PIB).

O Brasil se enquadra nesta perspectiva e ainda tem muito a fazer. O Plano Nacional de Banda Larga, lançado pelo governo federal em 2010, tem como meta alcançar 40 milhões de domicílios (cerca de 70% do total) com internet com velocidade de 1 Mbps (megabits por segundo) até 2014. No Paraná este processo de inclusão digital já está avançado. As operadoras de serviços de telecomunicações podem compartilhar da infraestrutura de alta velocidade da Copel para atender municípios do Estado e os provedores locais de internet ganham mais facilidades para oferecer acesso à rede, promovendo esta inclusão.

Com a expansão do BEL Fibra – serviço de internet e telefonia por meio de fibras ópticas – os paranaenses também podem contratar um serviço eficiente diretamente da Copel. Atualmente oferecido em Curitiba e Irati, o serviço também deve estar disponível este ano em Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Telêmaco Borba. E a meta é atender empresas e residências de 25 cidades até o fim de 2014.

Cidades digitais

Além de possibilitar a atuação da Copel Telecom como provedora de banda larga, o anel óptico está permitindo a integração digital das instalações do governo Estadual. Este segmento corresponde a mais de 20% dos 19 mil circuitos já estabelecidos pela Copel Telecom no Paraná, sendo 2,2 mil para possibilitar conexão ultrarrápida às escolas estaduais.

Muitas prefeituras e órgãos públicos municipais também já exploram a disponibilidade do backbone de fibras ópticas para implantar programas de cidades digitais, levando os serviços públicos aos cidadãos por meios virtuais e acelerando a inclusão digital.