GERAÇÃO

Copel inaugura usina Mauá

Com novo empreendimento, parque gerador da Companhia passa a contar com 20 usinas

A Copel inaugurou, no dia 12 de dezembro de 2012, a Usina Hidrelétrica Mauá, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. A usina, no rio Tibagi, tem potência instalada de 361 megawatts – suficiente para atender a uma cidade com 1 milhão de pessoas. Mauá foi construída pela Copel e Eletrosul com investimentos de R$ 1,4 bilhão, por meio do Consórcio Cruzeiro do Sul, que tem a Copel como majoritária com 51% de participação. Com Mauá, a Copel passa a contar com 20 usinas em seu parque de geração, somando 4.736 megawatts de potência instalada.

“É mais energia do Paraná para o desenvolvimento do Estado e o avanço do Brasil”, afirmou o governador Beto Richa, ao inaugurar a usina. Ainda neste primeiro trimestre de 2013, também será inaugurada a usina Cavernoso II, em Virmond, com 19 MW. A Copel está construindo a Usina Colíder, no Mato Grosso, e quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte. “É uma nova etapa na vida da Copel. Uma etapa de crescimento, de expansão nacional. Estamos em mais nove estados além do Paraná”, disse Richa.

A Companhia fez um investimento recorde de R$ 3 bilhões neste dois últimos anos. “Chegamos a 4 milhões de ligações elétricas, atendendo mais de 10 milhões de pessoas em todas as regiões do Paraná”, afirmou o governador. Richa destacou também que o Paraná é o primeiro Estado 100% digital. “Acabamos de completar a rede de fibra óptica nos 399 municípios.”

Mauá

A barragem da hidrelétrica Mauá tem 745 metros de comprimento na crista e 85 metros de altura máxima, permitindo a formação de um reservatório com 84 km² de superfície. Uma queda bruta de 120 metros foi aproveitada para levar a água do reservatório até a casa de força principal. Para isso, foi construído um circuito composto por tomada d’água de baixa pressão, túnel de adução com 1.922 metros de comprimento, câmara de carga, tomada d’água de alta pressão e três túneis forçados no trecho final. A usina começou a operar comercialmente antes mesmo da inauguração, em novembro, transmitindo energia para o Sistema Interligado Nacional.

Meio Ambiente e sociedade

Ao longo da construção foram desenvolvidos 34 programas ambientais, que fazem parte do Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento. Esses programas tiveram como objetivo mitigar e compensar impactos e potencializar os benefícios decorrentes do empreendimento. Os investimentos nos programas do PBA já ultrapassam R$ 300 milhões.

Um trabalho cuidadoso foi realizado com as famílias atingidas pelo empreendimento. Em 2007, foi feito um censo socioeconômico das 191 propriedades que foram total ou parcialmente alagadas para a formação do reservatório. Com base nessas informações, o consórcio elaborou, juntamente com os atingidos, um termo de acordo que definiu a forma de indenização pelas terras desapropriadas, benfeitorias e atividades comprovadamente inviabilizadas pela construção da usina.

O documento também previa a possibilidade de algumas das famílias serem beneficiadas pelo Programa de Reassentamento, desde que atendidos os requisitos – no total, 144 famílias foram reassentadas. Um Plano Básico Ambiental foi elaborado especialmente para as terras indígenas. O documento, aprovado pela Funai, prevê a implantação de uma série de programas em oito terras indígenas.