ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA

Copel melhora a flexibilidade de TI com a virtualização

Maristela Purkot

A Diretoria de Gestão Corporativa, por meio da Superintendência de Tecnologia da Informação, adquiriu novos servidores para atualização tecnológica do ambiente de virtualização e para consolidação de servidores. São 10 super máquinas físicas _ duas em tecnologia RISC Power e oito em tecnologia INTEL _ responsáveis pela execução de mais de 300 servidores virtuais que atendem diversos serviços corporativos, como, por exemplo, ERP, CIS, correio eletrônico e servidores de arquivos.

A implantação dos novos servidores proporciona à Copel um ambiente de virtualização quatro vezes maior que o atual, mais estável, seguro e eficiente. Com capacidade para absorver novas demandas a custos reduzidos de manutenção e de consumo de energia, a novidade apoia o crescimento da empresa e, ao mesmo tempo, otimiza recursos com sustentabilidade ambiental.

Dentre os ganhos esperados está a melhoria da qualidade dos serviços, com maior velocidade e disponibilidade de sistemas. Este trabalho faz parte do programa TI 2.0, que norteia o planejamento estratégico utilizado pela STI para alinhamento aos negócios.

Segundo Gilson Zardo, superintendente da STI, na medida em que os negócios procuram maximizar os retornos sobre os investimentos, a área de Tecnologia da Informação investe em infraestrutura, adotando soluções de virtualização para consolidar múltiplas cargas de trabalho em menor quantidade de servidores, com incremento da utilização e redução de custos. É também um dos recursos preliminares para permitir uma futura implantação de ambiente de computação em nuvens.

Virtualização de servidores

Normalmente, uma máquina instalada para uso específico, como um servidor de arquivos, impressão ou correios, não utiliza todos os recursos de processamento e memória 100% do tempo em que está ligada. A virtualização permite que vários servidores _ de diferentes configurações, sistemas operacionais e propósitos de uso _ sejam alocados numa única máquina física, permitindo melhor aproveitamento dos recursos, facilitando e flexibilizando o seu gerenciamento.

Este novo recurso permite que se façam alterações na configuração de um servidor, como aumento de memória, de CPU ou de discos através de software e, em alguns casos, sem a parada da máquina.

“Para esse mesmo procedimento era preciso ter peças de reserva e abrir o equipamento para efetuar o serviço”, explica Sergio Falat, gerente da Divisão de Infraestrutura de Servidores e Banco de Dados. “O tempo para disponibilização de servidores, que demandava algumas horas, agora é feito em minutos, pois os recursos de hardware já estão disponíveis e o processo de criação dos servidores é feito via software”, conclui.

Alta disponibilidade

Servidores virtuais não necessitam estar vinculados apenas em uma máquina física, mas em um conjunto delas, denominado cluster, onde o próprio sistema faz a orquestração e o gerenciamento de recursos de acordo com a necessidade. Em caso de problemas de hardware em uma das máquinas físicas, o próprio ambiente pode movimentar os servidores virtuais para outra máquina automaticamente, sem interrupção do serviço. Caso haja um problema maior que impeça esta movimentação, os servidores virtuais podem ser religados em outra máquina com poucos procedimentos.

As máquinas físicas estão instaladas em locais distintos, uma no datacenter do Polo km 3 e outra no Polo Padre Agostinho, aumentando ainda mais a confiabilidade, segurança e disponibilidade dos recursos.

TI Verde

Com a crescente preocupação de um mundo autossustentável, a STI está trabalhando para o uso mais eficiente de recursos. Os novos equipamentos, além de ocuparem menor espaço físico, têm baixo consumo de energia e de emissão de calor, permitindo menor demanda no uso do ar condicionado. Sem a virtualização seriam necessárias mais de 300 máquinas físicas, que ocupariam espaço 10 vezes maior e consumiriam, pelo menos, sete vezes mais energia.

A utilização do cluster também contribui para a TI Verde. No período noturno, por exemplo, quando há menor utilização de recursos, os servidores virtuais podem ser movimentados automaticamente para uma quantidade menor de máquinas físicas, desligando aquelas que ficarem sem uso.

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