Dedicação

Sempre no mesmo lugar... e muito feliz com isto!

Uma vida dedicada à Copel. Esta é uma frase que se encaixa bem na história de Adirson Carvalho, membro da equipe de manutenção civil da usina Governador Parigot de Souza (GPS) até junho deste ano. Com registro número 5722, Carvalho foi o empregado que mais tempo trabalhou ininterruptamente na história da empresa. Ele trabalhou na Copel por 43 anos e antes disso já havia prestado serviços por dois anos durante a construção da usina. Aposentado pelo INSS há 13 anos, Carvalho avaliou que, em suas próprias palavras, "estava passando do prazo". Agora o senhor de 65, simples e sempre muito tranquilo, anos está "arranjando outras coisas para fazer", pois não consegue ficar parado.

Carvalho trabalhou como pintor desde a obra da usina GPS. Este foi seu primeiro emprego e nunca mudou de função. Sua história de vida é inspiradora não só pela dedicação ao trabalho, mas também pela maneira simples que encara a vida. Apesar de tímido, está sempre sorridente e de bom humor. Nasceu em Antonina, no litoral do Paraná, e de lá nunca saiu. Muito bem de saúde, Carvalho tem quatro filhos e está casado com a terceira esposa. Ficou viúvo das outras duas. Ele conta sua história em poucas palavras, mas demonstra satisfação e felicidade com a vida que construiu.

Questionado sobre o que o estimulou a trabalhar tanto tempo na mesma empresa, Carvalho é sintético: "Gostei de trabalhar na Copel porque é bom. Entrei e gostei." Ao voltar ao início da sua história com a Companhia, na época da construção da usina, outra resposta objetiva: "a construção demorou bastante". Nada mais. Mas para falar do seu trabalho como pintor na Copel, Carvalho se estende um pouco mais. "Eu trabalhava com pintura só na vila, nas casas. Mas de um tempo para cá comecei a fazer pinturas na área administrativa e na usina", contou. "O almoxarifado fui eu que fiz e estava lá fora, na garagem.

Carvalho diz que sabe que logo terá saudades da usina, mas tem certeza que estava na hora de se aposentar. Mas não de parar de trabalhar. "Eu não consigo ficar parado. Estou procurando alguma coisa para fazer. Se descansar, a gente morre", brincou. "Estou pensando em trabalhar no mesmo ramo", completou. E isso sem sair de Antonina. Aliás, as poucas vezes que Carvalho saiu da sua cidade foi para vir à Curitiba. E ele faz questão de ressaltar que sempre volta no mesmo dia. "Cidade maior é muito agitada. Aqui é melhor". O pintor morou na vila da usina apenas nos primeiros dois anos que trabalhou na Copel. "Depois construí minha casa e fui embora. Dá 30 km da minha casa até aqui", contou.

O trabalho de manutenção civil já é feito por terceirizados, orientados por um técnico da Copel. Conforme os empregados desta área foram se aposentando, os terceirizados assumiram as funções. Com a aposentadoria de Carvalho, foi-se o último empregado da área da usina GPS.