Além de atuar na instalação de três empreendimentos de geração de energia – usinas hidrelétricas Mauá (PR) e Colíder (MT), e a PCH Cavernoso II (PR) -, a Copel mantém um processo permanente de prospecção de novos negócios.
Grupos de trabalho multidisciplinares foram formados com o objetivo de avaliar e subsidiar a participação da Companhia em novos leilões de concessão de usinas, linhas de transmissão e subestações, além da participação ou aquisição de parques de geração eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
No caso dos leilões de usinas hidrelétricas, um grupo de trabalho específico avalia minuciosamente as alternativas constantes do estudo de viabilidade de cada empreendimento, com o objetivo de otimizar os projetos. Neste caso, a experiência dos profissionais da Copel é usada para que se chegue à melhor alternativa dos pontos de vista técnico, socioambiental, econômico e estratégico, de forma que a Companhia apresente lances competitivos nos leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já que a concessão para construir e operar determinado empreendimento será conquistada pela empresa (ou grupo de empresas) que apresentar o menor preço pelo megawatt-hora a ser gerado.
Este ano, a Copel estuda a participação no próximo leilão A-5 da Aneel. Ainda não há definição acerca dos empreendimentos que serão incluídos no certame, pois eles dependem de licença ambiental prévia para terem as concessões leiloadas. Os empreendimentos com maiores chances de serem leiloados encontram-se nas regiões Norte e Centro-Oeste, na bacia hidrográfica do rio Amazonas, onde está a maior parte do potencial hidrelétrico remanescente do país e as melhores oportunidades de negócio.
ESTUDOS DE VIABILIDADE SÃO UM BOM NEGÓCIO
Outra frente de atuação da Copel visando à ampliação de seu parque gerador é a elaboração de estudos de viabilidade de aproveitamentos hidrelétricos. Para realizar esse tipo de estudo, a Copel precisa estar com registro ativo junto à Aneel. Os custos para realização do trabalho são reembolsados posteriormente e a Companhia ainda tem acesso a muitas informações que a colocam em posição favorável num eventual leilão das usinas estudadas.
Atualmente, a Copel aguarda análise e aprovação da Aneel em relação aos estudos feitos para quatro usinas do rio Piquiri, que é um afluente do rio Paraná. Para isto, também é necessário obter o licenciamento ambiental prévio destas usinas, processo atualmente em trâmite no órgão ambiental (IAP). Os estudos ambientais já foram finalizados e entregues e, agora, aguarda-se a análise do IAP e a realização de audiências públicas.
GRANDE POTENCIAL
Recentemente, a Copel entrou ainda em uma parceria com outras oito empresas do setor elétrico para fazer os estudos de viabilidade técnica, econômica e socioambiental do complexo hidrelétrico da bacia do rio Tapajós, no Pará.
O complexo é composto por cinco usinas, totalizando 10.682 megawatts (MW) de capacidade instalada, o que seria suficiente para atender ao consumo de duas cidades como São Paulo. As usinas que atualmente estão em estudo são Jatobá, com 2.338 MW, e São Luiz do Tapajós, a maior delas, com 6.133 MW, ambas no rio Tapajós. Já no rio Jamanxim serão estudadas futuramente as usinas de Cachoeira do Caí (802 MW), Cachoeira dos Patos (528 MW) e Jamanxim (881 MW).
Os estudos de engenharia e ambientais já foram iniciados na região do Tapajós e a expectativa é de que os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) e o Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório (EIA-RIMA) de São Luiz do Tapajós sejam finalizados até o fim do primeiro semestre de 2013, seguidos pelos de Jatobá.
Para o diretor de Engenharia da Copel, Jorge Andriguetto Junior, a participação na elaboração dos estudos na bacia do Rio Tapajós é um importante marco na história da Companhia. “Estamos diante de uma excelente oportunidade para aprimorar o conhecimento sobre esse importante potencial hídrico, possibilitando que a Copel participe de forma mais competitiva nos leilões dos empreendimentos. E, em caso de sucesso, a participação na implantação e operação dessas usinas fortalecerá ainda mais a presença da Copel no setor elétrico, contribuindo para que as diretrizes e metas do planejamento estratégico da empresa sejam atingidas”, destaca.