O plano de expansão da Copel está alavancando também os empreendimentos de transmissão de energia. Nos últimos três anos, a Companhia dobrou a participação em ativos de linhas de transmissão, com o arremate de concessões para obras em mais sete estados brasileiros, além do Paraná.
No momento, a Copel trabalha na implantação de 21 empreendimentos próprios de transmissão, 114 obras do Plano de Modernização de Instalações (PMI) e detém, ainda, participação em sete empresas que irão instalar nove subestações e 3.262 km de linhas de transmissão no Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso e Goiás. “Conquistamos concessões em vários leilões em que participamos nos últimos anos, o que comprova nossa vontade efetiva de expandir”, detalha o diretor de Engenharia, Jorge Andriguetto Jr.
A energia gerada em usinas do rio Teles Pires, no Mato Grosso, e do rio Madeira, em Rondônia, será escoada aos grandes centros consumidores por meio de empreendimentos importantes de reforço, como as linhas de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, arrematadas pela Copel em parceria com a chinesa State Grid, e a linha de transmissão Araraquara – Taubaté, em São Paulo. “A Copel cresce em ritmo sustentável, acompanhando o desenvolvimento do país, que concentra maior demanda por energia e pela transmissão segura e confiável até os principais polos consumidores”, afirma o diretor de Geração e Transmissão de Energia e de Telecomunicações, Jaime de Oliveira Kuhn.
Principais arremates da Copel nos últimos leilões de transmissão
NORTE E SUDOESTE DO PARANÁ
Conquista mais recente da Copel, as linhas Londrina – Figueira (98 quilômetros) e Foz do Chopim – Salto Osório (10 quilômetros) irão operar em tensão de 230 mil volts e servirão para reforço no sistema de transmissão do Norte e Sudoeste do Paraná. As linhas foram arrematadas em junho deste ano e tiveram o contrato de concessão assinado no final de agosto.
MATO GROSSO, GOIÁS E MINAS GERAIS
O maior empreendimento da história da Copel na área de transmissão foi arrematado em dois lotes no leilão 002/2012, de março deste ano, em parceria com a chinesa State Grid. O projeto totaliza 1.605 km de linhas de transmissão para escoar a energia produzida nas cinco usinas a serem instaladas no rio Teles Pires até a região Sudeste do país. Os lotes também contemplam quatro novas subestações. Para viabilizar os empreendimentos, foram criadas as empresas Matrinchã Transmissora de Energia S/A e Guaraciaba Transmissora de Energia S/A, ambas tendo Copel com 49% de participação e State Grid com 51%. O empreendimento está com o corpo de administradores formado e a caminho de obter a primeira licença ambiental para início das obras.
SANTA CATARINA, RIO GRANDE DO SUL, MARANHÃO E PARANÁ
A Copel continua avançando fronteiras e obteve, em parcerias, concessões para construir 1.327 km de 13 linhas e quatro subestações no Paraná e em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Maranhão. Foram constituídas quatro empresas para executar os empreendimentos, que, de acordo com estimativas da Aneel, somam R$ 1,18 bilhão em investimentos. O leilão aconteceu em dezembro do ano passado.
CASCAVEL E UMUARAMA
Por meio da empresa Costa Oeste, formada pela Copel (51%) e Eletrosul (49%), a Companhia arrematou a concessão para implantar a linha de transmissão Cascavel Oeste – Umuarama, que terá 143 km e irá operar em tensão de 230 mil volts. O projeto está em vias de obter licenciamento ambiental para iniciar as obras. O leilão foi realizado em setembro do ano passado.
SÃO PAULO (ARARAQUARATAUBATÉ)
A nova linha de transmissão Araraquara-Taubaté atravessará 28 municípios paulistas e possibilitará o escoamento da energia produzida nas usinas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia. O empreendimento terá 356 km de extensão e irá operar em tensão de 500 mil volts. Os investimentos estimados para a obra são de R$ 230 milhões. O leilão da linha aconteceu em junho de 2010. Na mesma ocasião, a Copel também venceu a concessão para construir uma subestação em Cerquilho, também no interior de São Paulo. Os dois projetos estão em fase de licenciamento ambiental.
FOZ DO IGUAÇU E CASCAVEL
A linha Foz do Iguaçu – Cascavel, de tensão 525 mil volts, conecta o sistema de transmissão da Usina de Itaipu ao sistema elétrico da região Sul, evitando que a cota da produção da binacional tenha de ir primeiro até o Sudeste. O empreendimento tem quase 116 quilômetros de extensão e teve investimentos de cerca de R$ 100 milhões. A linha está em operação desde dezembro de 2011 e teve a concessão arrematada em leilão em maio de 2009.
Além de conquistar novos empreendimentos de transmissão, a Copel aproveita o momento para testar tecnologias para melhorar o desempenho de linhas e subestações. Conheça alguns projetos de inovação que estão sendo aplicados nas obras de transmissão.
Novidades na Transmissão
:: Fibra óptica medirá temperatura de linha de transmissão
Projeto de monitoramento térmico de linhas de transmissão por meio de fibras ópticas está sendo desenvolvido para aumentar a precisão nas medições de temperatura dos cabos. O controle é importante para acompanhar a altura de segurança da rede para passagem de pedestres ou veículos. É inédito no Brasil e começa a ser testado pela Copel a partir de novembro deste ano, em linha a ser definida.
:: Primeira linha subterrânea preparada para operar em tensão 138 mil volts
Um trecho de 500 metros da linha de transmissão Uberaba – Capanema, de 69 mil volts, será substituído por uma linha de transmissão subterrânea, também de 69 mil volts, mas apta a operar em 138 mil volts. A instalação permitirá a construção de um viaduto estaiado no cruzamento da avenida Comendador Franco (Av. das Torres) com a avenida Francisco H. dos Santos. O viaduto é parte das intervenções de mobilidade urbana previstas para promover mais fluidez no trânsito durante a Copa do Mundo de 2014. Será a primeira linha subterrânea da Copel disponível para 138 mil volts.
:: Menos espaço e tempo para obras de melhorias em subestações 34,5 kV
A Copel tem estudado formas de melhorar as instalações nas subestações de 34,5 kV. Para isso, está pesquisando soluções que ofereçam melhorias de projeto, otimização dos arranjos e velocidade de montagem – tudo por um custo dentro do esperado. Uma das soluções encontradas foi o projeto de compactação das subestações 34,5 kV. O objetivo é aplicar um novo equipamento com sistemas de chaves que substituirá o barramento convencional 34,5 kV. O modelo ocupa 82% menos espaço que um barramento comum, tem montagem simples e custo praticamente igual ao de uma obra comum de ampliação. O teste será feito a partir de 2013 nas subestações Pérola D’Oeste, São João, São Sebastião da Moreira e Campo do Tenente.
:: Subestações no Mato Grosso e em Goiás terão tecnologia inédita na Copel
A Copel terá pela primeira vez banco de capacitores em série e compensadores estáticos. Os equipamentos serão utilizados nas subestações Paranatinga, no Mato Grosso, e Rio Verde Norte, em Goiás, a serem implantadas até 2015 em parceria com a chinesa State Grid. Os bancos de capacitores série elevam a capacidade de transmissão de energia, pois diminuem a impedância na linha, especialmente em redes de longa extensão. Já os bancos de capacitores comuns, usados em paralelo, têm como uma de suas funções fornecer energia reativa para aumento de tensão. Os compensadores estáticos servem para manter a tensão na faixa de segurança, ou seja, podem absorver energia reativa (diminuir tensão) ou fornecer energia reativa (aumentar tensão), permitindo o controle da tensão nas linhas.
