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Alegrias e muito gasto

A chegada de um filho é o momento mais importante na vida de um casal. Mas também é preciso se preocupar com questões práticas

Alguns anos de casamento, a idade ideal chegando, a vontade de estabelecer uma nova rotina, a busca por mais alegrias. Na decisão de se ter filhos, obviamente têm mais peso as questões emocionais e afetivas. Contudo, as questões práticas também precisam entrar na balança, já que filhos significam uma despesa extra muito grande e é preciso estar preparado para isto também.

“Ao se optar por ter um filho, deve -se optar também por iniciar uma poupança, pois a chegada do bebê, especialmente nos primeiros anos de vida, aumentará significativamente o nível de despesas”, explica o professor de Matemática Financeira dos cursos de pós-graduação da FAE Curitiba, Amilton Dalledone Filho.

É fundamental, contudo, o planejamento financeiro a longo prazo e, para isso, os especialistas sugerem que se continue poupando, seja através de caderneta de poupança, fundos de investimentos ou previdência privada.

A poupança contínua é uma forma de garantir um aporte financeiro para despesas futuras do filho. “Levando-se em conta a taxa de poupança, que gira em torno de 0,5% ao mês, um depósito mensal de R$ 50, por exemplo, durante 18 anos, resultará num montante de R$ 20 mil”, calcula o professor. “Essa verba poderá ser destinada para pagar a faculdade ou o curso de intercâmbio do seu filho”, conclui.

Sem planejamento, mas com muita colaboração

Se ter um filho planejado já custa caro, imagine receber a notícia da chegada de três bebês sem planejamento prévio. Pois este episódio faz parte da história de Renato Tavares, que trabalha no Setor de Suporte do Atendimento Telefônico Noroeste, em Maringá. A gravidez da sua esposa não foi planejada e a descoberta que eram três crianças a caminho só veio quando sua mulher fez o primeiro ultrassom.

Diante da situação, o casal teve que montar uma estratégia para incluir os três novos integrantes no orçamento familiar. Uma das iniciativas foi a mudança para a casa dos pais de Renato para economizar e ter o suporte dos avós. Os colegas de trabalho também se agilizaram e, juntos, contribuíram para o enxoval dos bebês com um grande estoque de fraldas descartáveis.

Hoje, os trigêmeos Júlia, Renan e Nicole têm dois anos e meio e já saíram das fraldas. Mas, é claro, ainda requerem muitos cuidados adicionais. Dentro do planejamento orçamentário, Renato faz a compra mensal calculando, dentre uma enorme relação de itens, a quantidade total de leite que as crianças vão consumir no mês.

Contudo, quando questionado sobre quanto custa um filho, Renato responde que não sabe. Ele prefere não fazer os cálculos, pois talvez as contas não fechem. Apenas tem por hábito multiplicar tudo por três, o que leva a um saldo positivo de três vezes mais abraços, três vezes mais carinhos, três vezes mais sorrisos, três vezes mais alegrias.