
Integrantes da Comissão de Diversidade e da Coordenação de Comunicação e Marketing da Copel participaram, no último dia 9 de junho, do treinamento “Comunicação para o respeito e a promoção da diversidade”, ministrado pela cientista social e analista socioambiental da Copel, Gabriella Ane Dresch.
O treinamento compõe o calendário de ações da comissão para promover a diversidade na Copel. A primeira indagação do evento foi: se todas as pessoas são iguais, em termos biológicos e de direitos humanos, por que existem tantas diferenças na vida em sociedade? Os participantes puderam conhecer conceitos fundamentais, como os marcadores sociais – características que se destacam de acordo com processos políticos e socio-históricos, como gênero, raça e cor, classe, e também sexualidade, religião, origem, linguagem, corpo (padrões estéticos, deficiências) e idade.
Entre os pontos abordados, houve ênfase no fato de que os marcadores sociais nem sempre são explícitos. Pode-se percebê-los em “piadas”, expressões populares, dados socioeconômicos, índices de violência e de escolaridade, espaços ocupados e não ocupados e até representações imagéticas.
Interseccionalidade
Um dos principais conceitos abordados no curso foi o de interseccionalidade, que seria considerar conjuntamente os diversos marcadores sociais presentes na vida de cada pessoa. Cada indivíduo não faz parte somente de um grupo ou marcador social, por isso é fundamental considerar o conjunto dos marcadores para compreender as experiências sociais. Essas situações foram exemplificadas com gráficos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que unem gênero e raça para compor as análises.
Para saber mais, vale conferir a palestra da ativista Kimberlé Crenshaw sobre a urgência de considerar a interseccionalidade.

O conceito de colorismo também foi explicado no treinamento. Trata-se das distintas experiências que pessoas negras vivenciam, de discriminação, por exemplo, de acordo com a tonalidade da sua pele e características fenotípicas.
Para concluir a parte conceitual do treinamento, foi esclarecido que o termo “minoria”, quando se trata de diversidade, refere-se a minorias políticas em sentido amplo, de relações de poder e de representatividade nos espaços decisórios. Por isso, não são necessariamente minorias numéricas.
Por que falar de imagens?
Os participantes aprenderam que as imagens são permeadas por narrativas, explícitas ou implícitas, mesmo que a intenção ao usá-las seja outra, uma vez que elas compõem uma linguagem sujeita a diferentes interpretações e leitura.
No treinamento foram apresentados exemplos de imagens de variados períodos e contextos e analisados um por um, destacando o olhar crítico e consciente das possíveis mensagens comunicadas no momento da concepção e da sua utilização, além do cuidado para não reproduzir estereótipos negativos.

A responsabilidade da comunicação passa por narrativas conscientes das mensagens veiculadas, respeito a todas as pessoas, representatividade de todas e todos, promoção responsável da diversidade para a equidade e também pela imagem da Companhia.
O grupo analisou ainda bancos de imagens e dados da Copel sobre representatividade no quadro de funcionários e nos relatórios oficiais da empresa, levantados pela Comissão de Diversidade, e debateu sobre as possibilidades de aprimoramento das práticas da Companhia.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
As ações da Comissão de Diversidade são iniciativas da Coordenação de Sustentabilidade Empresarial e Governança da Copel (CSG) e estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, em especial aos ODS 5 – Igualdade de Gênero, ODS 8 – Emprego Decente e Crescimento Econômico, ODS 10 – Redução das Desigualdades e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
