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Startups do programa Copel Volt Conecta demonstram impactos de seus negócios 

Por meio do Copel Volt, a Companhia participou do programa Conecta Startup Brasil, que promoveu nos dias 4 e 5 de setembro seu Demo Day, evento que marca a reta final desta segunda edição do programa. O evento foi transmitido pelo YouTube

Na ocasião, o encontro reuniu as 25 startups selecionadas para a fase 3, finalizada na última quinta-feira. Elas realizaram pitches de quatro minutos para uma banca de avaliadores composta por representantes da Anjos do Brasil, FEA Angels, ICC Biolabs, Ventiur,  Vibee Hub e WOW Aceleradora. O grupo analisou cinco critérios: pitch, problema e solução, potencial de mercado, modelo de negócios e time. 

Ao final do Demo Day, das três startups que trabalharam com a Copel, duas foram premiadas como destaque em suas regiões, com base nas pontuações atribuídas pela banca avaliadora.  

Siapesq, uma deep tech de IA focada em pesquisa ambiental e inovação em monitoramento satelital foi destaque da região sul do Brasil, enquanto Noleak, que desenvolve soluções inovadoras baseadas em IA para a área de defesa e segurança foi destaque na região sudeste. 

Conecta 

O programa Conecta Startup Brasil é uma parceria com o Copel Volt, que neste ano foi realizado via colaborações com outras entidades. A participação foi viabilizada por meio da área de inovação da Diretoria de Novos Negócios. 

Para a gerente do departamento de Inovação da Diretoria de Novos Negócios da Copel, Cristiane Garbin Langner, a cooperação com outros representantes do ecossistema é importante para a Copel. “Essas colaborações aceleram projetos e geram soluções eficazes, como demonstrado pelos resultados apresentados no Demo Day. Um exemplo é a parceria com a Porang, que desenvolveu um sistema de alerta para áreas próximas a barragens. Embora simples, a tecnologia mostrou grande impacto, melhorando nossa capacidade de resposta em situações críticas e protegendo vidas. A inovação aberta estimula criatividade e agilidade, ajudando-nos a atender melhor às necessidades dos clientes e a superar desafios. Planejamos expandir essas iniciativas para trazer benefícios reais à empresa e à comunidade”, afirma Langner. 

O primeiro dia do Demo Day foi dedicado às apresentações de startups dos eixos temáticos de saúde, impacto social e ambiental. No segundo dia, o foco foi direcionado para a indústria e soluções corporativas. Durante a tarde, ocorreram as tradicionais rodadas de negócios do Conecta Startup Brasil, onde as startups tiveram a oportunidade de conversar individualmente com empresas, aceleradoras e investidores. 

Porang 

A startup Porang apresentou a solução “Sistema de alerta em áreas próximas a barragens de geração de energia”, uma plataforma de comunicação eficaz para situações de crise e emergências, que usa telemetria com protocolo e equipamentos LoRa – tecnologia de custo mais acessível e que consegue chegar com sinal de boa qualidade em regiões remotas.  

De acordo com Gabriela Maranhão, da Porang, o Brasil hoje tem mais de 26,9 mil barragens e 25% das cidades estão em zonas de risco, com uma população vulnerável estimada de 50 milhões de pessoas. Ainda no pitch, Gabriela informou que estudos conduzidos pela ONU indicam que investimentos em sistemas de alerta preventivos podem economizar até vezes os custos de recuperação pós-desastre.  

A plataforma da Porang conecta autoridades e equipes de resposta com a população, por meio de alertas, sirenes e monitoramento de barragens informados por meio de aplicativo.  

Na Copel, a equipe que esteve envolvida no projeto na GeT foi: Leandro Foltran, Ana Silvia Laurindo, Claudio Rampim, Ricardo Telles, Josiane Carvalho, Rafael Carmona, Dennis Nakatsukasa, Alexandre Fukushima, Patrick Michael Motta Correia, Everton Heuko e Cintia Daher.  

Siapesq 

A startup Siapesq atua na área de inteligência artificial em pesquisa ambiental e apresentou a solução “Monitoramento remoto de macrófitas em reservatórios de usinas hidrelétricas”, que usa tecnologias de modelagem ecológica, tecnologia satelital, inteligência artificial, bigdata e machine learning para monitoramento e remediação do problema. 

A replicação exacerbada de plantas aquáticas que causam o entupimento de hidrogeradores pode causar no setor elétrico brasileiro um custo de manejo acima de R$ 400 milhões ao ano e um prejuízo por paradas das turbinas de mais de R$ 1,8 bilhão no mesmo período, de acordo com levantamento feito pela startup. Tais desregulações ambientais em corpos hídricos impactam os processos produtivos e toda a sociedade. 

De acordo com a Siapesq, o método atual tradicional de monitoramento e controle envolve alto custo de análise, alto tempo para obtenção de resultados e baixa resolução. A solução proposta do software de inteligência artificial capta imagens de satélite para classificar a situação dos corpos d’água e identificar manchas vegetais e florações de cianobactérias, entre outras funcionalidades que processam tais dados. 

Na Copel, a equipe envolvida no projeto na GeT foi: Cicero Martins, Jéssica Bom, Sandra Elis Abdalla, Vanessa Barreto, Leandro Foltran e Ana Silvia Laurindo.  

Noleak 

A startup Noleak apresentou uma proposta para “Monitoramento e vigilância de subestações”, que propõe a análise de imagens de câmeras de segurança de maneira inteligente e preditiva, aplicando inteligência artificial por machine learning, redes neurais, reinforcement learning e NLP (Natural Language Processing).  

De acordo com levantamento da Noleak, existem mais de 18 bilhões de câmeras e dispositivos sendo desperdiçados por apenas gravar informações, sem impedir riscos e ameaças e sem gerar valor real, por serem apenas reativos. Outro dado apresentado pela startup aponta que após 20 minutos o nível de atenção de uma pessoa olhando apenas uma câmera cai 90%. 

Desta forma, a solução conecta câmeras de segurança à rede neural para que ela aprenda padrões de imagem e identifique imagens e movimentos considerados fora do padrão. A partir disso, a rede dispara alarmes, mas também otimiza o uso das câmeras para outros usos, como gestão de filas ou análises de processos, de comportamento do consumidor ou de condução de veículos. 

Na Copel, a equipe envolvida no projeto foi de pessoas da GeT, CSC e DIS: Marcelo Gazaniga, Ricardo Wazen, Gisele Bueno Costa, Rhegis Marcos, Carlos Eduardo Foganholi, Everson Galon, Sidnei Silva, Luiz Roberto de Mendonça, Leandro Foltran e Ana Silvia Laurindo. 

Programa 

O Conecta é um programa nacional de pré-aceleração voltado para startups em estágio inicial, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), pela Softex e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

O programa não implicou custos para a Copel, apenas o esforço técnico de cocriação, mentoria e acompanhamento das provas de conceito. 

Histórico 

Na primeira fase do Conecta Startup Brasil, 94 empresas se inscreveram no programa, propondo um total de 191 desafios. O processo seletivo considerou o nível de maturidade das empresas em relação à inovação aberta e aos desafios propostos. Na Copel, a escolha de tais desafios envolveu equipes da GeT, DIS, COM e da DDN. 

A Copel submeteu seis desafios da GeT, DIS e Holding, e o Conecta Brasil se encarregou de buscar startups que tivessem soluções compatíveis. Após reuniões com envolvimento direto das áreas interessadas da Copel, os três desafios foram escolhidos. 

Na segunda fase do programa, 50 startups foram selecionadas, resultando no desenvolvimento de 50 desafios, com um investimento de até R$ 90 mil por projeto aprovado por meio de bolsas do CNPq. Além da Copel, participaram outras empresas como Ambev, Natura, Vale, entre outras. 

A fase de definição do Produto Mínimo Viável (MVP) aconteceu em dezembro de 2023, seguida pela fase de Prova de Conceito de julho a setembro de 2024. 

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