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Mudanças climáticas são tema de evento online realizado pela Copel

A Copel realizou, na manhã do dia 10 de dezembro, o evento online “O que você precisa saber sobre mudanças climáticas”, para debater os impactos ambientais causados por eventos climáticos severos e suas consequências na sociedade. 

Para debater o assunto, a Companhia convidou a analista de projetos em práticas empresariais e políticas públicas no Instituto Ethos, Marina Esteves de Almeida; a analista de gestão na equipe de Sustentabilidade Empresarial da Copel e doutoranda em Tecnologia pela UTFPR, Juliana Fontoura Pires Prosdossimo; e o analista ambiental na equipe de Sustentabilidade Empresarial da Copel e mestre em Engenharia Química pela UFPR, Giovani Marcel Teixeira. 

A abertura do encontro teve a participação da superintendente da Coordenação de Sustentabilidade Empresarial e Governança Corporativa da Copel, Luisa Nastari, que destacou a importância de iniciativas da empresa para monitorar as emissões de carbono, como os inventários de emissões que são elaborados desde 2009 e seguem a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol

“A Copel está sempre engajada com as melhores práticas em sustentabilidade e reconhece os efeitos da mudança do clima, por isso, consideramos muito importante o gerenciamento das emissões, com inventários e auditoria externa, e também o papel relevante do Estado do Paraná, ao divulgarmos também no registro público do Estado”, afirmou Luisa Nastari. 

No início de dezembro, a Copel recebeu o Selo Clima Paraná Ouro, por submeter seu inventário de emissões à verificação de uma terceira parte independente, acreditada pelo Inmetro. Em 2020, a Copel recebeu, pela primeira vez, a outorga máxima, com o Selo Clima Paraná Ouro Plus

Mudanças climáticas 

A programação do evento começou com a participação da analista do Instituto Ethos, Marina Esteves, apresentando os principais acordos internacionais da agenda do clima – com destaque para a COP21, de 2015, e o Acordo de Paris – e suas relações com as políticas internas dos países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). 

“Por mudança climática entendemos não apenas aquecimento global, mas a acentuação dos extremos climáticos, com variações cada vez mais amplas em locais, por exemplo, originalmente mais temperados”, explica Marina Esteves, ao detalhar conceitos da agenda que se convencionou chamar de ESG – sigla, em inglês, para se referir às dimensões ambiental, social e de governança. 

Marina também comentou como são formuladas as Contribuições Nacionalmente Determinadas (em inglês, NDC) – uma avaliação interna de cada país sobre os setores e as atividades que mais geram emissões – e sua relação com a meta de limitar o aumento de temperatura no planeta a até 1,5°C até o ano de 2030. 

No caso do Brasil, as metas ainda são pouco efetivas para respeitar as cláusulas do Acordo de Paris de 2015. Mesmo com a revisão em 2021, por ocasião da COP26, em Glasgow, de elevar a meta de corte de emissões de gases de efeito estufa em 2030 de 43% para 50% em relação aos níveis de 2005, esse número ainda não cobre o que especialistas chamam de “pedalada climática” promovida pelo governo brasileiro. 

Agropecuária, energia, processos industriais, resíduos e mudanças de uso da terra e floresta (em geral, desmatamento) respondem pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa no país.  

“Neste ano, percebemos uma variação, se até poucos anos atrás estávamos discutindo sobre o papel das queimadas como principal emissor de gases de efeito estufa e principal motivo do desmatamento na Amazônia, hoje percebemos que o grande causador é o garimpo ilegal e a mineração industrial”, afirma Marina Esteves. 

COP26 

A especialista ainda destacou os principais encaminhamentos da COP26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, que de forma geral ainda concentra esforços para manter o aumento da temperatura terrestre a até 1,5°C até o final do século, sendo que as estimativas são de que, se as emissões seguirem o ritmo atual essa temperatura será atingida em 2030. 

Para atingir essa meta, a pauta envolve reduzir uso do carvão para geração de energia, desincentivar o uso de combustíveis fósseis na mobilidade, ampliar o financiamento climático para países pobres e conter o desmatamento. 

Copel 

A copeliana Juliana Fontoura Pires Prosdossimo, que coordena o processo anual de resposta ao Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 (ISE B3) e o programa Educa ODS, mostrou como o tema está relacionado a diversos aspectos dos negócios da Copel, a começar pelo referencial estratégico da empresa, cuja missão é prover energia e soluções para o desenvolvimento com sustentabilidade. 

A Copel é signatária do Pacto Global da ONU desde sua criação, em 2000, e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que fazem parte da Agenda 2030, desde 2015. Além isso, a empresa sustenta um amplo histórico de iniciativas ambientais voluntárias assumidas desde os anos 1960, época de sua fundação.  

“A Copel foi uma das primeiras do setor elétrico a produzir relatório sobre meio ambiente. O tema ESG é uma realidade na empresa e não é de agora, todas as questões ligadas à sustentabilidade sempre foram tratadas de maneira muito séria pela Companhia”, comenta Juliana Prosdossimo. 

O copeliano Giovani Marcel Teixeira, que coordena o programa Ecoeficiência, apresentou um histórico das iniciativas da Companhia em relação à mudança do clima, desde as primeiras estratégias traçadas em 2010 até a recente mudança ocorrida no início de 2021, com o anúncio da criação de um Plano de Neutralidade de Carbono – uma série de novas metas baseadas em ciência com o objetivo de neutralizar emissões de gases de efeito estufa até 2030. 

Ambição pelos ODS 

A Copel tem como ODS priorizados pelo setor elétrico os objetivos ODS 7 – Energia Limpa e Acessível; ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico; ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis; e ODS 13 – Ação contra a Mudança Global do Clima. 

Como parte de acelerar o atingimento das metas da Agenda 2030, a Companhia integra a iniciativa Ambição pelos ODS, da Rede Brasil do Pacto Global, que visa desafiar e apoiar as empresas integrantes do Pacto Global da ONU para que estabeleçam metas ambiciosas e integrem os objetivos de desenvolvimento sustentável em suas estratégias de negócio, considerando também a cadeia e o engajamento com stakeholders. 

Mais informações: www.copelsustentabilidade.com 

Assista o evento “O que você precisa saber sobre mudanças climáticas” aqui.

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