Um dos principais desafios do cenário atual do setor elétrico, o armazenamento de energia tem sido estudado e testado pela Copel em diversas frentes. No último fim de semana, mais uma ação foi concluída com sucesso no campo de testes da constituição de microrredes abastecidas por baterias. Durante mais de duas horas, todo o polo da empresa no bairro Atuba, em Curitiba, foi alimentado por energia elétrica armazenada por um sistema móvel instalado sobre duas carretas.  

O sistema é o maior conjunto de armazenamento móvel do Brasil, composto por baterias de lítio, conversor de energia, transformador elevador e, ainda, dispositivos de conexão e proteção de média tensão, somando 1 MW (megawatt) de potência, com capacidade de armazenamento superior a 1 MWh (megawatt-hora) de energia, o equivalente ao consumo médio de 22 residências paranaenses ao longo de uma semana.  

A constituição da microrrede simula uma situação de contingência na rede de distribuição de energia, criando uma pequena “ilha” que pode ser abastecida por geração própria, ou por energia armazenada em baterias. A solução tem sido estudada e pode ser um caminho para evitar a falta de energia no futuro, em situações como temporais, batidas de carros em postes e outras intervenções externas que provocam a interrupção do fornecimento normal pela rede elétrica da concessionária.  

“Essa iniciativa não apenas representa um marco histórico, sendo a primeira microrrede temporária do gênero no Brasil, mas também evidencia o potencial disruptivo dos sistemas de armazenamento de energia e das microrredes. Em breve, ele será submetido a testes em campo, prometendo transformar a paisagem energética nacional. É um avanço que não só demonstra nosso compromisso com a inovação, mas também impulsiona o caminho em direção a um futuro mais resiliente e sustentável no setor energético”, avalia o engenheiro da área de Projetos Especiais da Copel, Rodrigo Braun dos Santos. 

ARMAZENAMENTO – A iniciativa da Copel em testar o uso de baterias de grande porte integra um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D Aneel) e trabalha com outros três sistemas de armazenamento, em diferentes regiões do Estado. Ao todo, a companhia está investindo R$ 34,6 milhões no desenvolvimento destas soluções.