Projeto de vida, saúde e felicidade no envelhecimento foi o tema de uma conversa promovida pela Comissão de Diversidade da Copel com a antropóloga Mirian Goldenberg, no dia 21 de outubro. O evento online foi acompanhado ao vivo por mais de 500 pessoas, e ainda pode ser acessado no canal da empresa, no YouTube. A pesquisadora, referência no assunto, falou sobre as diferenças nos modos de envelhecer e conceber o envelhecimento da perspectiva de gênero, tornando a discussão mais ampla e interseccional.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o número de pessoas acima dos 60 anos saltou de 11,3%, em 2012, para 14,7%, em 2022. Quando são incluídos os considerados pré-idosos (acima dos 50 anos), esta parcela chega a um quarto da população. Pensando nestas pessoas e na importância do tema, a Comissão de Diversidade da Copel criou um grupo focal específico para o monitorar questões relativas ao envelhecimento, cujos trabalhos iniciaram no último mês de agosto.
Porque estamos falando sobre isso?
Ainda que o número de idosos esteja aumentando, as oportunidades no mercado de trabalho para esta parcela da população não crescem na mesma proporção. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), indicou que o desemprego de profissionais com mais de 50 anos saiu de 18,5% em 2013 e chegou a 40,3% em 2018. Segundo a Great Place to Work Brasil, também em 2018, apenas 3% dos profissionais eram idosos nas 150 empresas mais bem avaliadas. Na Copel, a presença de pessoas com mais de 50 anos representa 28,69%, próximo da representatividade na demografia nacional. Queremos garantir que estas pessoas sejam respeitadas independente da sua idade e incentivar que nossas partes interessadas façam o mesmo.
Parte da responsabilidade pela exclusão dos idosos no mundo do trabalho está no etarismo – preconceito, intolerância e discriminação contra pessoas por conta de sua idade. Um exemplo é negar uma vaga de emprego com esta justificativa. Atitudes como essa fazem parecer que envelhecer é um problema e excluem idosos dos espaços aos quais têm direito.
Conheça os direitos da pessoa idosa
Os direitos da pessoa idosa estão determinados pelo Estatuto do Idoso, de 2003. Ele ressalta que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso o direito à vida, saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade, dignidade, respeito e convivência familiar e comunitária.
Para que as pessoas possam envelhecer com dignidade e continuem participando plenamente da vida em sociedade, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu, em 1990, o Dia Internacional das Pessoas Idosas, comemorado sempre no dia 1 de outubro. No Brasil, a mesma data marca o Dia Nacional do Idoso, que determina aos órgãos públicos a coordenação e implementação da Política Nacional do Idoso.
