
Representantes de onze distribuidoras brasileiras estiveram reunidos em um evento sediado pela Copel, para o debate de ações coordenadas para o enfrentamento aos eventos climáticos extremos.
O esforço conjunto para reduzir a ocorrência de desligamentos aos consumidores durante os temporais, cada vez mais frequentes e intensos no Brasil, é o objeto de um grande projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação realizado sob supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
No encontro em Curitiba, realizado nos dias 16 e 17 de outubro, foram apresentados e discutidos os resultados preliminares de quatro frentes de estudo colaborativos. Elas avaliam boas práticas e oportunidades de melhorias na recomposição do fornecimento em eventos extremos; a possibilidade de compartilhamento de recursos em situações emergenciais; sistemas de monitoramento dos dados; e dispositivos regulatórios que possam tornar cada vez mais ágil e integrado o atendimento aos clientes, na ocorrência de eventos climáticos extraordinários.
De acordo com o gerente de planejamento e inteligência de mercado da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Lindemberg Reis, o workshop traça pra gente uma oportunidade de reflexão sobre os avanços dos doze produtos previstos pelo projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Estamos trabalhando há quase um ano na avaliação das melhores práticas para o segmento de distribuição quando se trata do enfrentamento a eventos climáticos extremos. Essa união é fundamental para uma evolução setorial”, define. O projeto tem previsão de conclusão para abril de 2026.

Durante a abertura do encontro, a diretora de Operação e Manutenção da Copel, Karine Torres, destacou a importância da iniciativa: “Ficamos honrados em sediar esse workshop que olha para as melhores práticas nacionais e internacionais. Esse é um tema importante, considerando o impacto sobre nossas redes, dos eventos climáticos extremos, cada vez mais frequentes. Atualmente neste contexto, resiliência de rede não se trata apenas de robustez da infraestrutura, mas também de inovação e modernização da forma como atuamos preventivamente e nos antecipamos a estes eventos”, afirmou.
O projeto, proposto à Agência Nacional de Energia Elétrica pelo Grupo Enel e estimado em R$ 12,5 milhões, conta com a cooperação dos grupos Neoenergia, Equatorial, Energisa, Oliveira Energia, CPFL e EDP, além das distribuidoras Celesc, Copel, Cemig e Light. A execução conta com o Instituto Abradee, e o apoio das empresas EY, Critério, Quasar, Delta Infra e Quantum.






