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EletriCidadania impulsiona capacitação de mulheres migrantes e refugiadas 

Integrantes do programa de voluntariado corporativo EletriCidadania participaram, nos dias 21 e 22 de novembro, de uma ação para capacitar e fortalecer mulheres migrantes e refugiadas em Curitiba. 

Por meio do Projeto Prisma, em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Paraná e o Instituto IBGPEX, do Grupo Educacional Uninter, as voluntárias discutiram aspectos fundamentais da legislação brasileira e dos direitos trabalhistas, bem como realizaram oficinas de elaboração de currículo, a fim de integrar as mulheres ao mercado de trabalho. 

A edição do encontro também teve uma fala sobre a Lei Maria da Penha e a participação de uma representante da Casa da Mulher Brasileira com orientações sobre como as migrantes devem agir diante de casos de violência.  

O encontro aconteceu em um campus da Uninter, localizado no Centro de Curitiba, e contou com a participação de 13 mulheres. De acordo com Adriana de Campos Souza, coordenadora do EletriCidadania na Copel, essa turma teve diversas mulheres que chegaram há pouco tempo na cidade. “Elas estão se ambientando. Ações como essa, de facilitar a adaptação no novo local, são fundamentais. Elas têm praticamente os mesmos direitos que nós brasileiros e podem compartilhar esse conhecimento com a família. É uma questão essencial para qualquer ser humano, mas para mulheres principalmente, que são um público mais vulnerável”, conta Adriana. 

Após as oficinas, as migrantes participaram de entrevistas de emprego com três empresas diferentes que compareceram ao evento. 

“Muitas das mulheres mencionaram que por meio das nossas apresentações conseguiram entender melhor uma série de assuntos importantes para a cidadania, como por exemplo o acesso à saúde e à condição digna de trabalho. Também senti que foi um espaço importante de acolhimento, muitas são recém-chegadas no Brasil, sem família ou com parte da família deixada para trás. Foi relevante para conhecerem outras pessoas”, relata Lairyne Cruz de Jesus, estagiária do Departamento de Sustentabilidade da Copel. 

Depoimentos 

Para Nancy del Carmen Rincones Gamboa, da Venezuela, foi uma excelente iniciativa. “Vocês estão fazendo algo muito precioso, pois necessitamos de apoio e ajuda. Vocês estão sendo participantes dessa nova vida que estamos começando em um país diferente. Eu, particularmente, posso dizer que não é nada fácil, mudar de um país a outro, com outra cultura, outro idioma, e sem a sua família”, conta Gamboa. 

Já para Iliana Martinez Pérez, de Cuba, mesmo morando com a família em Curitiba, sentiu-se ainda mais acolhida pelo projeto. “Sou muito grata aos que têm acolhido os imigrantes, nos dando a conhecer sobre os direitos e deveres que temos neste país. É um projeto maravilhoso, estamos contentes por conhecer algo que não conhecíamos, como a Casa da Mulher Brasileira. Parabenizamos esse projeto e agradecemos por poder participar”, conta Pérez. 

Direitos humanos 

A ação compõe o Projeto Migração e Refúgio da Copel, iniciado em 2020 com a elaboração de cartilhas sobre acesso aos serviços da Copel e aos programas sociais de energia, disponíveis em 6 idiomas: português, inglês, espanhol, crioulo haitiano, ucraniano e francês. 

“O Paraná foi dos estados que mais recebeu migrantes nos últimos anos, e todos esses públicos são consumidores da Copel, então passamos a olhar para essas pessoas levando em consideração as dificuldades linguísticas e as situações de vulnerabilidade”, comenta a socióloga da Copel, Gabriella Ane Dresch. 

A partir de 2022, o projeto passou a envolver ações voluntárias, como as edições do programa “Empoderando Refugiadas”, realizadas pela ACNUR (agência da ONU para migrantes e refugiados no Brasil), em parceria com a ONU Mulheres, o Pacto Global da ONU no Brasil, a Cáritas Brasileira Regional Paraná, a Cáritas Arquidiocesana de Curitiba, a Fiep e o Sesc. 

Para Karlla Martini, advogada na Copel, “é uma imensa alegria participar como voluntária novamente. Tive o privilégio de compartilhar meu tempo com essas mulheres migrantes maravilhosas, com algumas impressões sobre a Lei Maria da Penha e a violência em suas mais duras formas. A cada edição vemos que grandes lições nos são dadas por essas mulheres gigantes, honradas e muito corajosas”.  

Participaram a ação as voluntárias: Claudina Dias Silvestre (advogada convidada, especialista em violência doméstica e feminicídio), Bruna Gabrielle Lopes (convidada da Casa da Mulher Brasileira), Graziele Borges de Rezende (apoio), Priscila Franco Bortoletto (apoio), Talita Costa Rebello Barbosa (fotos), Karlla Martini (Direitos e deveres no Brasil), Thalita Ferreira Drago (Direitos e deveres no Brasil), Renata Caroline Talevi da Costa (Direitos e deveres no Brasil), Denise Scoparo Penitente (copeliana aposentada, Direitos trabalhistas), Dagmar Spring (oficina de currículos), Daniela Tiemi Sakamoto (confecção de currículos), Ana Paula Bispo (confecção de currículos), Maria de Fátima Tabajara (copeliana aposentada, confecção de currículos), Renata Maraccini Franco (Revisão e impressão de currículos), Adriana de Campos Souza (Integração local), Gabriella Ane Dresch (Integração local), Jocelei Ribeiro de Campos (apoio) e Aline Andressa Marcante (apoio).  

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