A Copel promoveu no último mês uma capacitação de funcionários que irão atuar em voluntariado com migrantes e refugiados. Esta é a segunda etapa do projeto Migração e Refúgio, da Comissão de Diversidade da Companhia, que começou em 2021.
A formação compõe as atividades do programa EletriCidadania, por meio do qual copelianos e copelianas podem usar, de forma voluntária e espontânea, até oito horas do seu tempo de trabalho profissional, a cada dois meses, para a realização de atividades de ação social ou de interesse comunitário.
A capacitação foi realizada em parceria com a Comissão de Diversidade da Copel e reuniu mais de cem pessoas, em duas turmas, conduzidas pela Cáritas Brasileira Regional Paraná – organização que promove ações de solidariedade nacionais e internacionais para atender comunidades afetadas por desastres socioambientais ou que estão em situação de vulnerabilidade.
A abertura do evento teve a participação da secretária executiva da Cáritas Brasileira Regional Paraná, Márcia Ponce, que comentou sobre o funcionamento da organização, com destaque para a promoção humana e a defesa da vida. “Temos muito interesse de estar nesses diálogos e que as pessoas conheçam quem são essas pessoas, que rostos são esses dessa nova migração contemporânea que vem chegando a nosso país”, contou.
A equipe da Cáritas que ministrou a capacitação foi composta por André Martini, assistente de proteção legal; Juliana Mara, assistente social; Fernanda Lopes, assistente de registro; e Francisco Javier, assistente de integração.
No evento, os participantes conheceram conceitos básicos sobre o tema, como a diferença entre refugiados e migrantes. Refugiados são pessoas que estão fora de seu país de origem devido a fundado temor de perseguição por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um grupo social, ou opinião política, como também devido a uma grave e generalizada violação de direitos humanos e conflitos armados.
Migrantes são pessoas que se deslocam voluntariamente de seu local habitual de residência dentro de um país ou cruzando uma fronteira internacional, temporária ou permanentemente, por várias razões – não relacionadas a perseguição, e podem refletir, entre outras, a busca de melhores condições econômicas.
Cartilha para migrantes e refugiados
O Paraná é um dos estados brasileiros que mais recebeu migrantes e refugiados nos últimos anos, de acordo com a Cáritas Paraná. Pensando nisso, a Copel reuniu em 2021 as principais informações sobre acesso aos serviços de energia e aos programas sociais que muitos migrantes podem não conhecer quando chegam ao Brasil, e traduziu em 5 idiomas: português, inglês, espanhol, crioulo haitiano e francês. Está prevista a tradução em ucraniano para este ano.
“O acesso a informações sobre serviços básicos, como o fornecimento de energia, é essencial para garantir a cidadania de todas as populações que chegam ao Paraná para viver”, comenta a superintendente de Sustentabilidade e Governança da Copel, Luisa Nastari.
A tradução e a elaboração das cartilhas envolveram diversas pessoas da Copel e seguiram uma lógica de interação linguística, que significa não apenas traduzir o conteúdo, mas também ensinar os termos em português, para que o leitor se familiarize com as palavras e identifique-as ao acessar site e demais canais da Companhia.
O lançamento das cartilhas aconteceu durante a palestra “Proteção e integração de migrantes e refugiados no Paraná”, realizada pela Cáritas Brasileira Regional Paraná e pelo Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR/ONU).
As ações da Copel ligadas a migração e refúgio estão relacionadas ao cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 10 – Redução das Desigualdades e 17 – Parcerias e meios de implementação.