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Copel inicia levantamento em campo para levar energia à Ponta Oeste da Ilha do Mel

Levantamento em campo é acompanhado pelos moradores para buscar, em conjunto, o melhor posicionamento da central fotovoltaica Fotos: João Paulo da Silva Gomes

 

A Copel começou, nesta semana, a verificação dos locais de instalação das estruturas que garantirão o fornecimento de energia elétrica com fonte solar à comunidade da Ponta Oeste da Ilha do Mel.  

“A visita em campo é fundamental para ajustes em três pilares: a necessidade da comunidade, os aspectos técnicos de engenharia e as características ambientais”, explica o engenheiro da Copel, Charles Ijaille. Ele integra a equipe interdisciplinar de desenvolvimento do projeto. O grupo é formado por profissionais das áreas jurídica, de meio ambiente, engenharia e sociologia da Copel.   

Após as sondagens de campo, o processo segue às etapas de elaboração de projeto, aprovação pela comunidade e obtenção de licenças ambientais e demais autorizações de órgãos do Estado. A estimativa é que as obras possam ser iniciadas em seis meses. 
 
Iniciados após reunião com a comunidade local, nesta quinta-feira (14/8), os trabalhos dos técnicos da Copel estão alinhados ao novo marco regulatório, definido pela Lei Estadual 22.315, de 20 de março de 2025, que orienta a garantia do desenvolvimento sustentável da ilha. A reunião foi acompanhada por integrantes do Ministério Público do Paraná, do Instituto Água e Terra (IAT), da Secretaria de Estado da Cultura (SEEC), do Governo do Estado e da Prefeitura de Paranaguá.   

A nova legislação define a Ilha do Mel como “região de especial interesse ambiental e turístico do Estado” e propõe medidas ancoradas no uso racional dos recursos naturais, com a preservação dos ecossistemas e o equilíbrio entre a capacidade natural de reposição e o uso e ocupação humana. Além disso, determina que todas as ações a serem desenvolvidas na ilha devem seguir as diretrizes da Agenda 2030, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). 

O levantamento em campo é acompanhado pelos moradores. Eles orientam os técnicos da Copel quanto à situação nas proximidades das residências, como acesso, circulação e usos futuros. A ideia é buscar, em conjunto, o melhor posicionamento da central fotovoltaica para atender às demandas da comunidade. 

Avaliações   

Para a presidente da Associação dos Nativos e Pescadores da Ponta Oeste da Ilha do Mel (ANAPPOIM), Dirceia Gomes Pereira de Souza, a reunião de apresentação do projeto, pela Copel, foi “muito produtiva e excelente”. “É um projeto que nunca vimos. Surgem dúvidas, mas tudo foi muito bem esclarecido”, disse.   

Na opinião do superintendente geral de Relações Institucionais do governo do Estado do Paraná, Renato Adur, a Copel está fazendo um grande serviço para a comunidade. “Eu quero agradecer a Copel, a toda a diretoria e a equipe técnica da companhia. A todo o pessoal que está se empenhando em realizar esse sonho de mais de 40 anos desta comunidade”, observou.   

Sistemas individuais de energia 

A base para levantamento da Copel é uma ortofoto da região atendida. Feita por meio de drone, a imagem aérea é georrefenciada e traz detalhes dos 23 pontos de instalação das estruturas de captação de energia solar que atenderão as residências.  

A proposta da Copel é instalar sistemas fotovoltaicos individuais nas unidades consumidoras, com estruturas em fibra de vidro ou em alumínio, materiais adequados às condições litorâneas. Os sistemas garantem, no mínimo, consumo de 80 quilowatt-hora (kWh) por mês, podendo chegar a até 128 kWh/mês no verão, atendendo à demanda da comunidade local. Além disso, eles têm potência garantida de 1.250 watts, tensão de 127 volts e baterias com autonomia garantida de 48 horas.  

Na avaliação técnica é considerada a maior proximidade possível com a unidade consumidora atendida, respeitando uma faixa de segurança de três metros no entorno da estrutura. Também é realizada uma avaliação da densidade de vegetação e onde o sistema tem a melhor condição de captação da energia solar durante o ano.  

A escolha do local deve ser aprovada pela comunidade, com a formalização da concordância devidamente assinada. “Nada é feito sem aval do proprietário e sem toda a questão ambiental observada”, destaca Ijaille.  

Depois disso, o projeto é submetido ao licenciamento ambiental e à aprovação pelos órgãos do Estado.  

A Copel também atua no levantamento detalhado da vegetação existente para embasar o processo de licenciamento ambiental, com vistas à preservação de espécies nativas.  “Nossa premissa é sempre pela permanência das árvores”, afirma o engenheiro florestal e consultor da Copel, Pyramon Accioly. 
 
Aquecimento 

Em complemento aos sistemas fotovoltaicos, a Copel prevê a instalação de sistemas individuais de aquecimento de água nas residências. O encaminhamento para a implantação dessas estruturas será feito junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). São reservatórios térmicos, conhecido como boilers, que utilizam o calor do sol para esquentar a água.   

“O projeto prevê a doação do sistema de aquecimento ao consumidor, que assume a responsabilidade pela manutenção após a instalação”, explica o supervisor do Setor de Gestão de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Copel, Fernando Bauer.   

O anúncio desse reforço para o bem-estar da comunidade local foi feito à comunidade por técnicos da companhia em reunião prévia à visita de campo, com a participação de integrantes do Ministério Público do Estado do Paraná, do IAT, da SEEC, do governo do Estado e da Prefeitura de Paranaguá. 

  

Reunião realizada com moradores nesta quinta-feira, 14 de agosto, avançou na concretização do projeto

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