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Copel e UTFPR inauguram estações de pesquisa em energia solar

estações de pesquisa em energia solar

Projeto estabelece estações de pesquisa em seis câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pesquisa vai comparar tecnologias e indicar as mais adequadas para instalação de usinas solares em cada região do Estado.

A Copel e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR inauguraram nesta segunda-feira (09) a rede de Estações de Pesquisa em Energia Solar, projeto que promete transformar o Estado em uma referência nesta área.

A rede é formada por estações solarimétricas e módulos de avaliação instalados nos câmpus da UTFPR em Curitiba, Ponta Grossa, Pato Branco, Medianeira, Campo Mourão e Cornélio Procópio. A solenidade de inauguração foi na planta do câmpus Curitiba da UTFPR – sede Neoville, na Cidade Industrial de Curitiba.

Orçado em aproximadamente R$ 6 milhões, o projeto foi selecionado em chamada pública da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel e propõe um arranjo inédito para levantar informações sobre a energia solar e o potencial fotovoltaico no território paranaense.

“É uma iniciativa pioneira e estratégica, alinhada ao compromisso da Copel com o desenvolvimento sustentável”, explica o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero. “A iniciativa visa fomentar a cadeia produtiva de micro e minigeração a partir de energias renováveis, buscando sua maior inserção na matriz energética paranaense e brasileira”, diz ele.

ESTAÇÕES – As Estações de Pesquisa abrigam estações solarimétricas que medem com grande precisão a radiação solar, além de módulos de avaliação de diferentes tecnologias de painéis fotovoltaicos. As unidades instaladas nos câmpus da UTFPR somam-se à rede avançada de estações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, chamada rede Sonda – e a outras redes climatológicas existentes no Estado, como as do Simepar e do Instituto Nacional de Meteorologia – INMET.

“Em seu conjunto, estas redes permitirão analisar a variação da radiação solar ao longo do ano nas diferentes regiões do Estado. Eeste mapeamento indicará quais as tecnologias de módulos fotovoltaicos mais adequadas e vantajosas para cada região, de acordo com seu microclima”, afirma o pesquisador Gerson Máximo Tiepolo, do Laboratório de Energia Solar da UTFPR.

MÓDULOS – Junto às estações solarimétricas foram instalados módulos de avaliação com sistemas fotovoltaicos de quatro diferentes tecnologias: silício monocristalino, silício policristalino, telureto de cádmio (CdTe) e disselineto de cobre, índio e gálio (CIGS).

Os chamados Módulos de Avaliação de Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica (SFVCR) avaliarão o desempenho destas tecnologias nos diversos microclimas do Paraná, em uma configuração inédita no País. Os módulos permitem comparar o comportamento dos painéis solares e a eficiência da geração solar sob diferentes condições climáticas, avaliando fatores como velocidade do vento, temperatura ambiente e radiação solar, entre outras.

O projeto inclui, ainda, a instalação, no câmpus da UTFPR em Curitiba, de um sistema de geração fotovoltaica associado a um banco de baterias. Conectado à rede elétrica, ele é base para uma pesquisa sobre o fornecimento de energia elétrica para o sistema nos horários de maior consumo.

“O conhecimento mais aprofundado sobre o comportamento e distribuição espacial da radiação solar no Paraná, do desempenho de diferentes tecnologias de geração fotovoltaica e de seu comportamento quando inserido na rede elétrica permitirá encaminhar políticas públicas bastante efetivas para a expansão da geração distribuída a partir desta fonte renovável”, explica o pesquisador Tiepolo.

INFORMAÇÕES E MAPEAMENTO – Com a conclusão da instalação das estações de pesquisa, tem início imediato a fase de coleta de informações e mapeamento das características solares das microrregiões do Estado, com duração prevista de um ano. O acervo de dados serve de insumo a novos empreendimentos solares e a novas pesquisas, aperfeiçoando com precisão inédita as estimativas da radiação já mapeadas no Paraná.

UNIVERSIDADES – Assim como a rede de monitoramento da UTFPR, vários outros projetos inovadores de geração de energia renovável e de eficientização no uso da energia estão sendo executados em cinco polos universitários paranaenses – Universidade Federal do Paraná, universidades estaduais de Londrina (UEL) e de Maringá (UEM) e UTFPR Pato Branco. O investimento total é de R$ 52 milhões.

Iniciados em 2018, eles foram aprovados em uma chamada pública regulada pela Aneel. Os projetos de eficiência foram vinculados a propostas de pesquisa nas instituições de ensino superior no Brasil.

Além de fomentarem pesquisas voltadas à expansão das fontes renováveis, seus resultados serão importantes para a formulação de políticas públicas de combate ao desperdício de energia elétrica em todas as esferas da administração pública.

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