A chamada pública da Copel Distribuição para projetos de eficiência energética em hospitais públicos e beneficentes do Paraná vai permitir a redução do consumo e, por consequência, dos custos da energia elétrica de 41 complexos médicos, em 33 municípios. O Programa de Eficiência Energética da Copel, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), irá investir R$ 35 milhões nos projetos aprovados.
“É um programa inovador, com investimento em energia renovável por meio de painéis solares. Vamos transformar esses hospitais em locais sustentáveis, que conseguirão produzir sua própria energia”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior na ocasião do anúncio dos resultados da chamada pública. “O projeto fortalece o compromisso do nosso governo com a sustentabilidade. É também um reconhecimento e agradecimento pelo papel que esses hospitais desempenharam durante a pandemia da Covid-19”.
A redução média no valor da conta de luz é estimada em 75%, permitindo a reserva de recursos para investir em serviços voltados para a população. Uma parte expressiva desta diminuição é referente à instalação de sistemas de geração de energia solar. Dos 41 projetos aprovados, por exemplo, 37 serão contemplados com plantas de geração de energia fotovoltaicas.
“Há hospital que não vai precisar mais pegar pela energia, zerando a conta de luz. Economia que se reverte em novos investimentos e um melhor atendimento para a população”, destacou Ratinho Junior.
Iniciativa que, de acordo com ele, será expandida para mais centros médicos do Estado durante a segunda fase do projeto. “Queremos também levar a ação para as escolas públicas, ampliando a rede de sustentabilidade do Paraná. A proposta já está em andamento dentro do governo”, disse o governador.
“Esses hospitais são grandes parceiros da saúde pública do Paraná. A economia de recursos vai resultar em ações que se reverterão para a população, como a compra de equipamentos e a contratação de mais profissionais”, acrescentou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.
A Copel agora encaminhará os contratos para homologação pela Aneel. A previsão é que os acordos sejam assinados no início do segundo semestre, permitindo a execução e a respectiva obtenção dos benefícios com a redução da conta de energia. O prazo de execução é de 18 meses.
“Um projeto de sucesso que começou no Paraná e já começa a se espalhar pelo País por meio de outras distribuidoras”, afirmou o coordenador adjunto do programa de Eficiência Energética da Aneel, Douglas Caldas.
CRITÉRIOS – A chamada pública utilizou critérios socioeconômicos, além dos técnicos, para a escolha das instituições beneficiadas, como o número de leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município em que o hospital está instalado e a dificuldade para o pagamento da fatura da energia elétrica.
“Sabemos que o custo da energia elétrica é muito relevante para um hospital. A maioria dos projetos selecionados vai investir na instalação de placas fotovoltaicas, mas há também a substituição de lâmpadas e equipamentos por aparelhos mais modernos, ambientalmente corretos”, explicou o presidente da Copel, Daniel Slaviero.
Gerente de Inovação e responsável pelo Programa de Eficiência Energética da Copel, Diego Munhoz explicou que a empresa já mantém parceria com entidades da área da saúde. Atualmente, 11 hospitais têm em execução outros projetos financiados pelo programa, que proporcionou melhorias a outras 30 unidades ao longo de sua história.
“A Copel foi pioneira na abertura de chamadas públicas para projetos de eficiência energética, e desde o início demos oportunidades aos hospitais, por entender que este é um serviço primordial”, destacou o engenheiro.
A aprovação passa pela anuência da Aneel, que regula o Programa de Eficiência Energética. Na Copel, o programa completou 20 anos de atividades, com um investimento de R$ 530 milhões a diversas classes de consumo, inclusive famílias de baixa renda.
INVESTIMENTOS – Diretor clínico do Hospital Angelina Caron, de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, Pedro Ernesto Caron contou que o projeto vai permitir a troca dos aparelhos de ar condicionado e das lâmpadas do complexo. Segundo ele, a expectativa é de uma economia média de R$ 150 mil por mês na fatura da Copel. “Atendemos 40 mil pessoas por mês e o custo da energia sempre foi muito pesado. Ao gastar menos, poderemos investir em outros serviços”, disse.