A Rede Brasil do Pacto Global promoveu nesta quinta-feira, 10 de dezembro, um evento online em referência ao Dia Internacional dos Direitos Humanos. A Copel é signatária do Pacto Global desde o seu lançamento, nos anos 2000.
A data está ligada à elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, carta que delineia os direitos humanos básicos, adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
A abertura do evento foi feita pelo diretor executivo da Rede Brasil do Pacto Global, Carlo Pereira, que pontuou os desafios de lidar com direitos humanos no contexto da pandemia, em que muitos grupos sociais estão ainda mais vulneráveis, como as mulheres.
A coordenadora da Plataforma pelos Direitos Humanos da Rede Brasil do Pacto Global, Juliana Ramalho, fez um convite às empresas signatárias a participarem da plataforma e trocarem experiências sobre direitos humanos no ambiente corporativo.
Direitos Humanos
A apresentação “Direitos Humanos e a Agenda 2030 no contexto da pandemia” foi feita pela head de Direitos Humanos do Pacto Global, Julie Garfieldt Kofoed, que fez uma reflexão sobre a crise da pandemia significar mais do que uma crise de saúde, mas também uma crise social.
Julie mostrou números da economia global e seus impactos em diversas regiões do planeta, de países desenvolvidos a regiões mais pobres. Para a especialista, a Agenda 2030 é o norte para governos e empresas passarem pelo período da crise da covid-19.
“O impacto econômico não pode ser usado por governos e empresas para passar por cima dos direitos humanos. Casos de discriminação, por exemplo, precisam ser combatidos com monitoramento e campanhas de conscientização”, afirmou Kofoed.
A líder respondeu questões dos participantes relacionadas ao papel das empresas na promoção dos direitos humanos e também sobre o cenário das decisões dos países signatários da ONU perante a pandemia do novo coronavírus.
No Brasil
O painel “Como as empresas devem contribuir para a agenda de direitos humanos” teve moderação da diretora do Centro de Direitos Humanos e Empresas (CeDHE) da Fundação Getúlio Vargas, Flávia Scabin, que abriu a mesa afirmando que, embora diversas organizações tenham inserido os direitos humanos em suas políticas, o conceito de diligência prévia (em inglês, due diligence) ainda é uma novidade para a maioria.
O processo de due diligence tem como objetivo analisar documentos e dados contábeis e financeiros a fim de eliminar ou mitigar riscos envolvidos em uma operação de aquisição. Ele também é uma postura ativa para identificação e resolução de problemas e riscos.
A Política de Direitos Humanos da Copel, lançada em abril de 2020, prevê esse procedimento, em que são realizadas avaliações do impacto real e potencial das atividades sobre os direitos humanos, a integração das conclusões e sua atuação a esse respeito; o acompanhamento das respostas e a comunicação de como as consequências negativas são enfrentadas.
A Política acompanha um movimento global e crescente de envolvimento das empresas com os direitos humanos e serve de referência para prevenir, mitigar e reparar violações que possam ocorrer na Companhia, em sua cadeia produtiva ou em comunidades impactadas.
Ela também inclui a disseminação de informações sobre direitos humanos e canais de denúncia para as partes interessadas.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
As ações da Copel ligadas a direitos humanos estão relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – uma agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em setembro de 2015, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidos até 2030.
A Copel se comprometeu com os ODS em 2016 e tem realizado muitas ações envolvendo todas as suas subsidiárias em prol da Agenda 2030. De acordo com a ONU, das 169 metas dos ODS, 92% estão ligadas aos direitos humanos.
Mais informações sobre as ações de sustentabilidade da Copel estão disponíveis aqui.
