No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, histórias de superação e conquistas femininas ganham maior visibilidade e demonstram que a habilidade profissional não tem distinção de gênero. Na Copel, 960 mulheres compõem o quadro em diversas funções, incluindo engenheiras e técnicas de segurança.
Elas assumem um papel fundamental na prevenção de acidentes e na promoção de um ambiente mais seguros para todos e todas. Estas “guardiãs da vida” realizam inspeções, orientam equipes em campo e contribuem para a consolidação da cultura de segurança dentro da empresa. Hoje, você conhece um pouco mais sobre o trabalho de algumas destas profissionais.
Novos espaços e oportunidades
Por mais que as mulheres tenham, ao longo dos últimos anos, conquistado cada vez mais espaço no mercado de trabalho e cargos de liderança, sempre há novos espaços a serem ocupados. A engenheira de segurança Olga Caroline de Oliveira Kobay (na foto acima) é uma profissional com 14 anos de Copel, que decidiu migrar para a área de segurança do trabalho da Geração e Transmissão, graças a um programa de mobilidade interna.
Olga diz estar feliz na nova atividade, descrita como algo que lhe dá um senso de propósito e realização: “Eu comecei a perceber isso nas experiências que eu tive no passado, em que a Segurança do Trabalho era apenas para cumprir a legislação, o mínimo obrigatório. Já dentro da Copel foi diferente. Eu consegui fazer funcionar, trazer benefícios para o outro. Olhar para esta atividade sabendo que eu posso garantir que a pessoa vai chegar bem em casa é a parte mais gratificante.”
Quem também reforça o time da Segurança do Trabalho, mas na área da distribuição de energia, é Cristina Dzeprailidis. “Como mulher atuando em um setor tradicionalmente dominado por homens, vejo a importância de trazer uma perspectiva diversa e equilibrada para a área. Acredito que a presença feminina na Segurança do Trabalho reforça o compromisso com a inovação, a empatia e a inclusão, fatores fundamentais para um ambiente mais seguro e colaborativo”, considera.
Segurança é respeito à vida
Nas regiões Centro-Sul, Leste e Oeste do Paraná, a Segurança do Trabalho fica sob a supervisão de Sueli Tkaczyk Ribeiro. Atuando na Copel desde 2011, Ribeiro é responsável por gerir e verificar os protocolos de segurança em obras realizadas pela Copel em parceria com empresas terceirizadas. Ela define a atividade como uma luta diária: “É uma responsabilidade grande para mim e para todos. Quando você vai a campo e conversa com uma equipe, temos que ser claros sobre a importância do cuidado e do uso de equipamentos de segurança. Zelamos pelo bem-estar e segurança das pessoas”, conta.
Quem também reforça a importância do cuidado com o próximo é a técnica Ivonete Molossi Jurczyszyn, que ingressou na Copel no mesmo ano que Sueli, e trabalha em São José dos Pinhais. Ela decidiu fazer a formação em técnica de segurança quando ainda trabalhava em uma metalúrgica, sensibilizada pela ocorrência de acidentes na indústria, e não se arrepende. “Gosto muito de interagir com pessoas, cuidar e orientar”, relata. Durante a formação, que leva três anos, a turma tinha 25 homens e apenas quatro mulheres. Mas ela afirma que nunca sofreu preconceito no exercício da profissão.
Ela destaca que a grande missão dos técnicos de segurança é desmistificar uma percepção presente nas empresas, de que a segurança seja um entrave à produtividade: “Não é verdade que sejam polos opostos – tanto que há funcionários que se destacam pelas duas coisas, zelam pela sua segurança e são muito eficientes no que fazem. Na verdade, a excelência em segurança leva à excelência operacional. É uma questão de respeito à vida, de se importar consigo e com o outro”, ensina.

Presença em campo
Uma característica que atraiu Ivonete para a segurança do trabalho foi a atividade de campo. E isso também despertou o interesse da colega Analucia Hanisch, que trabalha na Copel há 15 anos e hoje atua em União da Vitória. Formada em Direito, antes de ingressar na Companhia ela havia trabalhado em banco e em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), até perceber que não era feliz trabalhando em ambiente fechado.
Ela relata que teve receio, antes de entrar na Copel, sobre como seria atuar em uma empresa com o quadro de campo majoritariamente masculino. Porém, o receio logo mostrou-se infundado, conta. “Foi muito pelo contrário, eu acho que por ser mulher, isso facilita as coisas, porque os homens tendem a ter mais respeito e escutar mais”, avalia.

Origem da data
Mesmo que tenha sido instaurado oficialmente somente em 1975 pela ONU, o dia 8 março, tido como o Dia Internacional da Mulher, já era marcado por celebrações e manifestações durante muitos anos antes da instauração. Existem muitas histórias por trás da data, a mais popular delas a de um incêndio que matou diversas mulheres que trabalhavam em fábricas dos Estados Unidos, em 8 de março de 1911. Desde então, o dia é símbolo da luta feminina por igualdade, melhor representatividade e combate ao preconceito. A busca por equidade de gênero é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável elencados pela ONU, o ODS 5.
