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Jogos Indígenas promoveram intercâmbio cultural no fim de semana em Londrina

Mulheres indígenas disputam corrida em parque gramado com torcida e outros competidores ao fundo

O fim de semana foi de muito esporte e de trocas culturais no Aterro do Lago Igapó em Londrina, onde foi realizada a primeira edição dos Jogos Indígenas, evento apoiado pela Copel, Sanepar e Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Londrina (PROMIC). 

As competições tiveram a participação decompetidores Kaingang e Guarani das aldeias das Terras Indígenas Apucaraninha e Laranjinha, ambas situadas no Norte do Paraná. As modalidades foram corrida de maraka/taquara – similar a uma corrida de bastão -, corrida de tora, zarabatana, arremesso de pedra, arremesso de lança, luta corporal, cabo de guerra, arco e flecha, corrida e futebol. Entre atletas e expositores de arte indígena, mais de 200 pessoas participaram dos Jogos em Londrina.

As competições ocorreram simultaneamente à realização dos Jogos de Aventura e Natureza (JANs), organizados pela Secretaria de Estado do Esporte, em parceria com a Secretaria da Mulher e Igualdade Racial, prefeituras municipais e federações esportivas, que promoveram jogos, encontros e brincadeiras em Londrina, Alvorada do Sul e Primeiro de Maio. O encontro de modalidades não-indígenas com as práticas tradicionais dos povos originários resultou em uma grande festa, em que ficou evidente a curiosidade mútua dos presentes em conhecer o modo de vida uns dos outros.

De acordo com Renato Kriri Ka Mrem, vice-cacique da Aldeia Água Branca e cacique do Centro Cultural Vãre em Londrina, o evento foi uma oportunidade de promover a valorização da cultura indígena e um meio de buscar reduzir as desigualdades.

“Queremos agradecer por essa oportunidade e pelo apoio. Porque esse conhecimento nosso da arte, dos jogos indígenas, ficava só entre a nossa comunidade, lá dentro da aldeia. E foi muito importante pra nós, porque conhecemos dentro da floresta a nossa arte, as modalidades, mas por que não levar para a sociedade lá fora? É uma oportunidade de a gente conhecer um ao outro, as diferenças de cada um, e assim podemos nos respeitar um ao outro”, afirmou.

O produtor executivo dos Jogos, Álvaro Perini Canholi, reforça que o objetivo do projeto é desmistificar a ideia do indígena como alguém que não está inserido na sociedade. “Eles estão inseridos e querem mostrar sua cultura, seu esporte e ocupar a terra que é deles. O apoio que tivemos foi muito importante para realizarmos esse projeto piloto, que agora deve crescer, pois já estamos elaborando os Jogos Indígenas Estaduais”, adianta.

A Copel é signatária do Pacto Global da ONU e trabalha pelo alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS. Ao unir a prática esportiva com uma causa social tão importante, o evento contribui com o ODS 3 – Saúde e bem-estar, assim como o ODS 10 – Redução das desigualdades.

Álvaro Canholi e Renato Mren, organizadores dos Jogos Indígenas em Londrina

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