A Copel tem inúmeras histórias — todas elas envolvendo empregados — que são símbolo de superação. E nunca é demais conhecer a trajetória dessas pessoas, que, com dedicação, superam obstáculos e alcançam seus objetivos. A assistente administrativo Géssica Michelle dos Santos Pereira, 26 anos, ficou cega aos 20 anos, três meses após ser aprovada em concurso na Companhia. Sua história é exemplo de superação, pois apesar das novas dificuldades foi em frente com a ajuda da empresa e, inclusive, cursou a faculdade de engenharia eletrotécnica e está pronta para a pós-graduação.
Géssica fez um transplante de córnea, em outubro de 2005, por causa de uma doença genética e, seis meses depois, foi declarada cega. “Na época, eu não pensei em desistir. Conversei com a assistente social da Copel, que me orientou. Eu fiz a reabilitação e a empresa me deu toda a estrutura, inclusive os softwares necessários para o meu trabalho (software que “lê” o que está escrito na tela para o deficiente visual)”, contou a assistente administrativo.
Foi na Copel também que Géssica encontrou seu marido. “Quando fui fazer o Pine, em 2007, a coordenadora pediu que um outro empregado que também estava participando do programa ‘cuidasse’ de mim. E agora ele cuida até hoje”, lembra. Quem a cuidou tão bem a ponto de ganhar o coração de Géssica é o técnico eletricista George Fabiano Pereira. Os dois se casaram em setembro do ano passado.
A faculdade é mais um desafio que a assistente administrativo superou. “Eu entrei na UFTPR em 2003 e dois anos depois tive que parar. Mas na metade de 2006 resolvi voltar”. Ela conta que, apesar de até então a universidade não estar preparada para receber alunos com deficiência visual, lá também recebeu todo apoio. Ganhei um notebook da universidade, os professores digitalizavam os materiais e eu usava um gravador em sala de aula. “Com a minha volta, a universidade criou um núcleo de apoio às pessoas com necessidades especiais”.