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Mexilhão Dourado

A espécie mexilhão dourado Limnoperna fortunei, é um molusco originário dos rios e arroios da China. Entrou no Brasil, provavelmente através de água de lastro de navios, atracados nos portos argentinos em 1991. Deste ano até 1999, esse mexilhão invadiu a Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia e já está presente nos rios Paraná, Paraguai (Pantanal Matogrossense), Tietê (São Paulo) e Guaíba (RS). Em Itaipu, entrou em abril de 2001, chegando ao reservatório de Caxias, no rio Iguaçu em abril de 2006 sendo detectada a sua presença nas grades da tomada d’água da Usina de Salto Caxias.


Mexilhões dourados: jovem (à esquerda) e adulto (à direita)



Mexilhões incrustrados

Biologia


O mexilhão tem ciclo de vida curto, crescimento rápido, grande precocidade sexual, alta fecundidade, comportamento gregário, alimentando-se por filtração e grande plasticidade genética. Viaja até 240 km por ano, coloniza os ambientes, entrando à montante dos reservatórios e descendo ou subindo os rios invadidos.


Formas de disseminação


Pode ser disseminado no transporte de alevinos e peixes vivos para criadouros, no transporte de água doce não tratada para uso geral, em cascos e equipamentos de embarcações, em plantas aquáticas, equipamentos de pesca, iscas, entre outros. A extração de areia em rios e lagos também contribui para disseminação do molusco e foi possivelmente a forma de introdução no reservatório de Caxias no rio Iguaçu.


Efeitos Danosos

  • Impactos ambientais (alteração dos ecossistemas aquáticos onde é espécie exótica), sociais (alteração na higidez de corpos d’água e qualidade do pescado) e econômicos (maiores gastos com manutenção de equipamentos);

  • Especificamente para usinas hidrelétricas: obstrução de filtros, trocadores de calor e grades da tomada d’água provocando diminuição da vazão do sistema, comprometendo equipamentos.

Formas de combate utilizadas no controle

  • Nos sistemas de resfriamento das máquinas: água quente, faísca de plasma (Plasma Sparkle), cloro, ultra-som, luz ultravioleta, remoção de O2 da água e moluscocidas. O controle no meio natural é muito difícil, pela extensão das áreas alagadas, profundidade e presença de outras espécies que compartilham o meio;

  • Controle biológico é possível através de predadores e parasitos;

  • Controle da reprodução: os mexilhões são dióicos, apresentando órgãos sexuais masculinos e femininos em indivíduos distintos, podendo também ser hermafroditas, com fecundação externa. Um dos fatores de controle pode ser a inibição ou estímulos da reprodução de um sexo apenas, com conseqüente perda do sincronismo reprodutivo, a ativação é obtida através da utilização de feromônios**;

  • Outro método usado é a do controle da água de lastro dos navios, amparada hoje por legislação ambiental: resolução A.868(20) da Organização Marítima Internacional.

** Feromônios são substâncias químicas que, captadas por animais de uma mesma espécie (intra-específica), permitem o reconhecimento mútuo e sexual dos indivíduos.


Publicado em 10.08.17

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