5. Padrões Construtivos

As redes subterrâneas possuem uma grande variedade de padrões construtivos e de configurações, cujas variáveis são aplicadas com base em fatores como a região projetada, a densidade de carga, o tipo de consumidor, o tipo de pavimento, o tipo de solo, as condições climáticas e de trânsito e atividades típicas da região (comercial, residencial, etc).

A configuração da rede define a confiabilidade requerida, a periodicidade de manutenção, os custos, entre outros.

Instalação de Transformador Submersível

5.1 Tipos de caixas e de dutos

São padrões de caixas de passagem para abrigo de emendas e cabos nas seguintes dimensões:

  • Caixas de consumidores – 30 x 30 cm.
  • Caixas tipo EG – 60 x 60 cm.
  • Caixas tipo EG – 1,20 x 1,20 m.
  • Caixas tipo “pé de poste” – 1,40 x 1,40 x 1,20 m (saídas SE 13,8 kV).
  • Caixas tipo “pé de poste” – 1,80 x 1,80 x 1,20 m (saídas SE 34,5 kV).
  • Caixas tipo QB – 1,66 x 1,66 x 1,80 m.
  • Caixas tipo RA – 1,84 x 2,48 x 2,10 m.
  • Caixas tipo Delta – 2,34 x 2,34 x 2,10 m.
  • Caixas tipo XA – 3,38 x 3,38 x 2,10 m.
  • Câmaras para transformadores – 3 x 4 x 5 m.
  • Caixas especiais diversas (mais de 10 tipos).

Padrões de dutos:

  • Dutos corrugados ou lisos tipo PEAD desde 50, 75, 100, 150 até 200mm de diâmetro.
  • Dutos metálicos.
  • Dutos de fibrocimento (em desuso).

Padrões de banco de dutos:
São formados por dutos de diversos tamanhos de forma a atender as necessidades de rede e de ligação de consumidores.

Foto para Exemplo de banco de dutos em áreas de altíssima densidade de carga Exemplo de banco de dutos em áreas de altíssima densidade de carga
Foto para Caixa Tipo “XA” Caixa Tipo “XA”

5.2 Configurações da rede primária e da rede secundária

São variações de atendimento em relação à rede primária (média tensão), ou seja, rede maior que 1000 volts:

  • Redes atendidas por um alimentador + um alimentador reserva.
  • Redes atendidas por diversos alimentadores.
  • Redes automatizadas com reconfiguração automática.
  • Redes em anel aberto (condomínios).
  • Redes radiais com recursos de geração móvel.
  • Cabos reservas (sem carga).
  • Redes radiais sem recursos.
Exemplo de configuração tipo reticulado – diagrama Exemplo de configuração tipo reticulado – diagrama

São variações de atendimento em relação à rede secundária ou baixa tensão, ou seja, menor que 1000 volts:

  • Circuitos reservas entre transformadores.
  • Circuitos reservas entre painéis e quadros.
  • Baixa tensão operando em paralelo (reticulado).
  • Cabos reserva (sem carga).

5.3 Tipos de equipamentos e de materiais

  • Proteção da rede por religadores em poste.
  • Proteção por chaves especiais e disjuntores submersíveis.
  • Painéis e cubículos SF6 de média tensão.
  • Painéis de manobra e proteção de baixa tensão.
  • Condutores isolados de média e baixa tensão.
  • Transformadores em cabines, pedestal, câmaras e postes.
  • Acessórios de média e baixa tensão submersíveis.
Foto para Equipamento em pedestal “disfarçado” na paisagem Equipamento em pedestal “disfarçado” na paisagem
Foto para Câmara subterrânea para abrigo dos equipamentos e transformadores Câmara subterrânea para abrigo dos equipamentos e transformadores

5.4 Tipos de cargas e localização da rede

As diversas características de cargas definem também o tipo de atendimento e configuração a serem adotados, como por exemplo, hospitais, escolas, shoppings centers.

A localização física da rede (site) influencia também o planejamento e a configuração da rede, como por exemplo, vias importantes, praças, grandes centros urbanos e centros históricos.

Foto de Brasília Brasília – exemplo de planejamento estratégico para atendimento de cargas importantes

5.5 Planejamento e disposição dos bancos de dutos e valas

Os bancos de dutos podem ser dispostos no leito carroçável da rua, em calçadas ou mesmo em áreas verdes de canteiros.

Em determinadas áreas é possível e recomendada a utilização de cabos diretamente enterrados.

Gráfico para Exemplo de localização de banco de dutos Exemplo de localização de banco de dutos

5.6 Localização dos equipamentos

Equipamentos de rede do tipo semienterrados podem ser dispostos em áreas públicas ou privadas, sendo que a Copel deve possuir livre acesso a essas áreas para realizar operações e manutenções.

As caixas e câmaras subterrâneas normalmente são localizadas em áreas públicas.

Foto para Exemplo de configuração de RDS, utilizando cabines de consumidores (áreas privadas) Exemplo de configuração de RDS, utilizando cabines de consumidores (áreas privadas)

5.7 Compartilhamento e uso de infraestrutura

A infraestrutura construída poderá possuir ou não compartilhamentos entre as concessionárias e permissionárias de energia, telecomunicações, entre outras.

Quando há o compartilhamento, existem diversas modalidades e tipos que definem o projeto e construção de redes subterrâneas.

5.8 Sem Compartilhamento – Banco de dutos e caixas separadas

Cada concessionária/permissionária constrói a sua rede, compartilhando somente o banco de dutos entre as concessionárias de telefonia e TV a cabo e fibra óptica.

Essa modalidade não é viável, pois implica em muitos cruzamentos de rede, falta de espaço no subsolo, entre outros contratempos.

Foto para empresas com tubulação subterrânea

EMPRESAS COM TUBULAÇÃO SUBTERRÂNEA:

  • Copel
  • Copel Telecomunicações
  • Compagás
  • Brasil Telecom
  • GVT
  • Embratel
  • Intelig
  • Vivo
  • Oi
  • Impsat
  • Gran-Bell
  • Eletronet
  • Sanepar – água
  • Sanepar – esgoto
  • Prefeitura – galerias pluviais
  • Prefeitura – rede de semáforos
  • Prefeitura – iluminação

Grande parte desta tubulação não está cadastrada e quando o cadastro é feito nem sempre a localização coincide com a realidade. Sem o compartilhamento e ordenação do subsolo os custos são elevadíssimos e há riscos de acidentes.

Foto de Exemplo de distribuição de banco de dutos e caixas Exemplo de distribuição de banco de dutos e caixas

5.9 Vala Técnica – compartilhamento de banco de dutos

Há o compartilhamento de banco de dutos, mas as caixas para energia ainda continuam separadas.

Foto de Exemplo de vala técnica Exemplo de vala técnica

5.10 Galeria Técnica – compartilhamento total

Sistema utilizado principalmente na Europa, por meio do qual são construídas galerias (túneis) com compartilhamento total de gás, água, esgoto, águas pluviais, energia, telecomunicações, etc.

Foto de Exemplo de galeria técnica Exemplo de galeria técnica

5.11 Calçadas e corredores técnicos

Utilizadas onde há espaços urbanos planejados.

Gráfico para Corredor e calçada técnica Corredor e calçada técnica
Foto para Corredor e calçada técnica Corredor e calçada técnica