COPEL - Arborização de vias públicas
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Quando e como plantar

Uma das práticas poderá ser o envolvimento de crianças no plantio das mudas, sempre acompanhadas por funcionários municipais, após receberem orientações 
em sala de aula sobre os benefícios da arborização de ruas.
Uma das práticas poderá ser o envolvimento de crianças no plantio das mudas,
sempre acompanhadas por funcionários municipais, após receberem orientações
em sala de aula sobre os benefícios da arborização de ruas.

O sucesso da implantação da arborização de ruas está atrelado à prévia realização de campanhas que conscientizem a população, à produção de mudas adequadas e ao uso de técnicas corretas de plantio..

CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO

Um dos principais problemas enfrentados na implantação da arborização de ruas é a ocorrência de perdas de mudas por atos de vandalismo. No intuito de evitar essas perdas, antes do plantio, as campanhas de conscientização da população sobre a importância das árvores no meio urbano precisam chegar às escolas e aos centros comunitários.

O sucesso de um projeto de arborização de ruas está relacionado, de forma diretamente proporcional, ao comprometimento e à participação da população local.

 

 


Escolha de mudas adequadas

A boa qualidade das mudas na arborização de ruas reflete no melhor desenvolvimento e em menos intervenções nas futuras árvores em relação ao meio, principalmente no tocante à prática indiscriminada de podas.

As mudas adequadas à arborização de ruas devem ter as seguintes características:

  • Tronco retilíneo e altura de no mínimo 2,00 m.

  • Altura da primeira bifurcação acima de 1,80 m.

  • Diâmetro a altura do peito (DAP=1,30 m) de 0,03 m.

  • Forma e perfil trabalhados com tratos silviculturais específicos (podas de formação).

  • Muda já em forma de árvore.

  • Ramificação e folhagem reduzidas na época de plantio.

  • Rusticidade para tolerar as condições adversas do meio urbano.

A produção de mudas com estas características passa por diferentes fases em locais distintos.

Viveiro de mudas.Viveiro de mudas.


Viveiro de semeadura

Local protegido onde se realiza a semeadura. Após a germinação em sementeiras ou tubetes, as mudas sofrem uma repicagem, ou, transplante, para pequenos recipientes em canteiro sombreado. Essa fase se prolonga por um ano ou mais, conforme o crescimento da espécie.

Transplante das mudas.Transplante das mudas.


Viveiro de espera ou talhão

Local a céu aberto onde se realiza o transplante da muda para um recipiente maior ou diretamente no solo, conforme as características de cada espécie. Nesse ambiente, a muda deve permanecer por um período de três a cinco anos, até atingir o tamanho adequado para o plantio nas ruas.


Implantação

As mudas de tamanho adequado e bem plantadas são mais respeitadas pela comunidade. Por isso, as perspectivas de que se tornem árvores adultas, também, são maiores.

Época

A época ideal para o plantio é no início do período chuvoso. No entanto, o plantio pode ser realizado em qualquer estação do ano, desde que se disponha de sistema ou equipamentos de irrigação. A irrigação é necessária durante os primeiros 30 dias ou até que a muda pegue.

Cada processo no plantio está relacionado às
características finais da arborização.
Cada processo no plantio está relacionado às
características finais da arborização.

Covas

Antes de se abrir uma cova é importante observar a presença de canalizações subterrâneas, evitando ou minimizando-se, assim, os prejuízos, tanto à árvore, quanto à estrutura urbana.

Nas áreas urbanas, o solo sofre muitas alterações nas suas propriedades físicas e químicas devido a aterros e cortes, compactações, alteração do pH, entulhos, lixo e ausência de cobertura vegetal. O tamanho da cova deve variar em função das condições do solo. Quanto mais pobre o solo, maior deve ser a cova, sendo que o tamanho mínimo deve ser de 0,5 x 0,5 a 0,5 m e de até 1,0 x 1,0 a 1,0 m, em casos de solo pobre muito compactado ou com presença de entulhos.

O fato de a arborização consistir de plantio linear, resulta na variação da fertilidade do solo ao longo da plantação. Em locais de solo ácido é recomendável a aplicação de 200 g de calcário dolomítico, por cova, acrescido de adubo NPK. No preenchimento da cova, deve-se aproveitar 2/3 da terra retirada quando da abertura da mesma, acrescentando-se 1/3 de material orgânico que pode ser esterco curtido, composto orgânico ou húmus de minhoca. Em locais de solo com pH próximo ao neutro, recomenda-se o mesmo procedimento, porém, sem aplicação do calcário dolomítico.

 

 

 

 



 

 



 

Plantio

Os recipientes que contêm as mudas, caso não biodegradáveis, devem ser removidos antes do plantio, obrigatoriamente, tomando-se o cuidado para que o torrão não se desintegre durante a operação.

Durante o plantio, deve-se atentar para que o coleto da muda (região entre a parte aérea e a raiz) fique no mesmo nível do terreno, evitando-se, assim, que as raízes fiquem expostas ou que a muda fique suscetível ao afogamento de seu coleto, o que causaria a sua morte.

As mudas devem ser tutoradas, operação que consiste na colocação de um tutor ao qual prende-se a muda para um crescimento retilíneo, sem inclinação. Ao tutor, de madeira ou bambu, amarra-se a muda em forma de oito deitado com amarrilhos de sisal ou borracha, de modo a não ferir o seu tronco.

Amarrilho realizado em forma de oito deitado. Amarrilho realizado em forma de oito deitado.

Reposição

Devido à perdas por atos de vandalismo ou por morte de mudas o replantio se faz necessário. Para manter o efeito estético, recomenda-se a utilização de mudas da mesma espécie plantada anteriormente ou, caso não seja possível, outra adequada ao local e à região.

 

Onde Plantar

Depois de Plantar